"Criado ao desamparo, sem pai, nem mãe, nem quem por ele realmente se interessasse, saíu um devasso acabado. O seu fraco era casar e, com o maior desassombro o fazia, chegando ao ponto de ter às vezes três e quatro mulheres vivas. Então filhos, isso era um nunca mais acabar. Quarenta e dois lhe assinam os nobiliários!" (BSS-vol. I-pg. 87) Casou, pelo menos, seis vezes, mas apenas se conhece o nome de uma das mulheres: Isabel de Avalos. "...foi casado com m.tas mulheres todas vivas, devia ter boa Conciencia, ou seguir o Alcorão, em q se permitem m.tas mulheres..." (NFP-vol. V-pg. 35)
Sobre as filhas que foram religiosas, Braamcamp Freire escreve: "foi característico o porte desregrado das senhoras das primeiras gerações dos Eças, e bem revelador do atavismo, ou melhor, da hereditariedade, a que se mostraram sujeitas". E continua: "D. Beatriz, abadessa de Celas, teve filhos do bispo D. João de Abreu; D. Catarina de Eça, irmã de D. Beatriz e famosa abadessa de Lorvão, foi amante de Pero Gomes de Abreu, senhor de Regalados e sobrinho neto do bispo; D. Joana de Eça, abadessa de Celas e filha de João Rodrigues de Azevedo e de D. Branca de Eça, irmã das outras duas abadessas, teve amores com Vasco Gomes de Abreu, poeta do Cancioneiro e sobrinho do bispo D. João e finalmente, D. Filipa de Eça, abadessa de Val de Madeiros e depois do Lorvão, filha de D. Pedro de Eça irmão das primeiras Abadessas, foi amante do irmão de Vasco, o nosso João Gomes de Abreu das trovas" (BSS-vol. I-pg. 98). A terminar, acrescenta que em carta do rei D. João III datada de 31-8-1543 para o embaixador de Portugal junto do Papa, o rei pede ajuda para combater o comportamento dissoluto das Eças no mosteiro de Lorvão. HGCRP refere o filho D. João casado com Leonor Xira. NFP refere um filho D. João cc Mécia de Antas. Como todas as fontes referem a existência de mais de quarenta filhos, é natural que se verificasse repetição de nomes.