Estableceu-se na ilha do Faial, em meados do século XVI, Era natural de Mont-de-Marsam, França, e aparentado com familias nobres, tais como as de Tastet, de Versoris,, de Burrios, de Prugue, etc.
Era natural de Mont-de-Marsan, França, repito, filho do licenciado Jean Berquô (diz o Sr. Ferreira de Serpa que a ortografia exacta é Berque, tendo o n a pronúncia francesa, e que foi o neto, Dr. Francisco António Berquó da Silveira (V. Pereiras) quem primeiro usou do acento sobre o Dois açoreanos no governo interino, etc. 302) e de sua mulher Françoise Joye, neto paterno de outro Jean Berquó casado com Marguerite Lause, e aparentado, conforme referi no começo deste titulo, com famílias nobres, tais como as de Tastet, de Versoris, de Burrios, de Prugue, etc. O filho, António Berquó, deão da Sé de Angra, assim o deixou demonstrado na justificação de nobreza que tirou em MonI-de-Marsan.
Foi cônsul francês na ilha Terceira, fazendo permuta do dito consulado com o que, da mesma nacionalidade, exercia na Horta João d’Arriaga, por escritura de 30 de Setembro de 1676. (Reg. cam, da Horta, liv. VI, 109). Na Horta fixou então residência, como mercador e homem de negócio, no dizer de alguns documentos coevos que tenho folheado, e constituiu família. Foi durante muitos anos (pelo menos de 1691 a 1700) síndico do convento de S. João.
A consorte, Maria Del Rio, moradora na freguesia das Angústias, tinha enviuvado do inglês Henri Vicary. Era filha do António Del Rio, falecido em 1660, e de sua mulher Izabel Ponal, falecida em 1657, também moradores na Horta, desconhecendo-se, porém, a sua naturalidade. Do primeiro consórcio, realizado em 1660, tinha ela um filho, João Vicary, que foi ouvidor eclesiástico no Faial. Por sua morte, instituiu a terça, em vínculo de morgado, a favor do filho Diogo Berquó, declarando que, na falta de descendentes deste, passasse aos da filha Tereza. Foi sepultada na igreja do convento de S. Francisco, em carneira própria.