Lourenço Castanho Taques nasceu cerca de 1609 em São Paulo, era filho de Pedro Taques e Ana de Proença. Casou-se com Maria de Lara em São Paulo em 24 de novembro de 1631.
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<p>Maria de Lara, nasceu em São Paulo por volta de 1615. Era filha de Dom Diogo de Lara e de Magdalena Fernandes de Moraes. Faleceu em 8 de dezembro de 1670 em São Paulo.
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<p>A seu respeito escreveu Pedro Taques: "Este paulista se conservou sempre em São Paulo sem que o infeliz sucesso de seu irmão Pedro Taques, morto a falsa fé por Fernando de Camargo, o obrigasse a mudar-se como o fizeram seus irmãos, porque seu grande respeito e força de armas o prontificavam a pôr em cerco aos inimigos do partido contrário. Foi estabelecido na fazenda da Ypiranga que tinha sido de seu pai Pedro Taques; foi opulento em cabedais, com o que sustentou e conservou o respeito e o tratamento de sua pessoa potentada. Em relação ao real serviço, deu sempre acreditadas provas de honrado vassalo, com liberal despesa da própria fazenda.
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<p>Em 1659 passou a São Paulo Salvador Correa de Sá e Benevides no cargo de administrador geral das minas de ouro e prata, e como governador das três capitanias : Rio de Janeiro, Espírito Santo e a de São Vicente e São Paulo por ordem de dom João IV.
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<p>Nessa ocasião recebeu Lourenço Castanho uma carta firmada pelo real punho, em que lhe recomendava desse ajuda e favor a Salvador Correa de Sá e Benevides para bem desempenhar-se na diligência a que era enviado, qual era a de descobrimento de ouro e de pedras preciosas, ao que correspondeu prontamente Lourenço Castanho.
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<p>Conservando-se em São Paulo para esse fim o governador Salvador Correa até 1661, aconteceu que na sua ausência do Rio de Janeiro em 1660, onde deixara como governador da praça a Thomé Correa de Alvarenga, como sargento-mór a Martim Correa Vasques, e provedor da fazenda real a Pedro de Sousa Pereira, praticaram os oficiais da câmara e povo do Rio de Janeiro um grave atentado, depondo do governo os ditos representantes que foram todos presos em uma fortaleza, e negando obediência ao governador Salvador Correa de Sá e Benevides. Este governador, ao ter notícia em São Paulo do ocorrido no Rio de Janeiro, e principalmente ao ver uma carta escrita pelos camaristas do Rio aos de São Paulo, em que faziam graves exprobações a sua pessoa como autor de tiranias e de mau governo, se dispôs a pôr-se em caminho para o Rio de Janeiro com o fim de sossegar o tumulto e castigar os culpados. Lourenço Castanho, vendo o perigo a que ia se expor o governador, juntamente com os paulistas da primeira nobreza lhe representaram, suplicando que não pusesse em tão evidente a sua vida e autoridade; o valor e constância do governador o levaram a não atender a essa rogativa, pelo que Lourenço Castanho resolveu-se a acompanhá-lo com força de armas até o Rio de Janeiro, mas nem este auxílio aceitou o governador. Então Lourenço Castanho lembrou-se de reunir a nobreza de São Paulo ao corpo do senado, e em número de 58 pessoas escreveram ao governador uma carta em nome de S. Majestade em que ponderavam a necessidade de aceitar as rogativas e conselhos dados. A esta carta respondeu o governador agradecendo aos paulistas o apoio que lhe prestavam; mas, não tendo mais serviço nesta banda do Sul, o seu dever o chamava a prestar serviço a S. Majestade, pelo que estava resolvido a voltar para o Rio de Janeiro a assumir a jurisdição real, para o que esperava encontrar o povo mais acomodado.
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<p>Lourenço Castanho Taques, desejando continuar os serviços ao rei, achando-se com muita prática do sertão onde tinha penetrado para conquistar o bárbaro gentio, no que adquiriu grande disciplina militar, tendo recebido um convite do príncipe regente Dom Pedro em 1674 para o descobrimento de ouro e prata, para cuja diligência tinha já partido Fernando Dias Paes no caráter de governador da gente de sua tropa, resolveu-se com seus cabedais e força de armas penetrar o sertão dos gentios Cataguazes; deixando a serventia vitalícia do ofício de órfãos, entrou para a conquista com patente de governador e conseguiu o primeiro conhecimento das minas, a princípio chamadas de Cataguazes, e mais tarde, estendendo-se o descobrimento em muitas léguas no mesmo sertão, chamadas Minas Gerais.
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<p>Faleceu em São Paulo em 5 de março de 1677 em avançada idade, depois de recolhido da conquista dos Cataguazes. Foi governador das minas do Caeté. Foi sepultado no jazigo do Carmo de S. Paulo, onde jaziam as cinzas de seu pai Pedro Taques"