2) Trecho extraído das anotações feitas por Jayme Candelaria no verso da fotografia mostrada acima de Etelvina Ferreira de Almeida:
"Este retrato, cópia fiel e ampliada do original, é de Etelvina Ferreira de Almeida, nascida em Santo Antonio da Cachoeira (atual Piracaia) no ano de 1863.
Foram seus pais os Professores Publicos primarios Antonio Ferreira de Almeida e Francisca Emilia Gonçalves, tambem naturais de Santo Antonio da Cachoeira.
Em 1882, casou com o Professor João Candelaria (Vide Genealogia da Familia Ferreira Gonçalves, de Diogenes Cintra Ferreira, pagina 169).
Seguindo a vocação de seus pais, foi, por algum tempo, Professora particular de primeiras letras em S. João do Curralinho (atual Joanopolis), terra de seu marido.
Em 8-2-97 foram matriculadas, em sua escola, as meninas Theotonila Candelaria, Adalgisa Candelaria, Rosalina Barbosa, Julieta Figueiredo, 6 anos, filha de João Ernesto Figueiredo, Clementina Candelaria, Julieta Costa, 6 anos, filha de Francisco Anselmo da Costa, Minas Gerais, e Carmelina Ribas, filha de Lusiano Ribas.
Além de Professora, foi tambem literata.
Eis a relação dos seus trabalhos, publicados em o "O Curralinhense", de S. João do Curralinho, de propriedade e direção de Antonio Ferreira de Almeida:
Artigo, cujo titulo o redator destas linhas por um lapso não anotou, em o n. 20, de 18-8-95.
Artigo, ainda sem anotação do titulo, pelo mesmo motivo, em o numero 29, de 20-10-95.
Artigo, sob o titulo de "O Passado", em o n. 30 de 27-1-95.
Artigo, ainda com omissão do titulo, pelos motivos já apontados, em o n. 34, de 24-11-95.
Artigo, intitulado "A Criança", em o n. 37, de 14-12-95.
Artigo, intitulado "O Natal", em o n. 39, de 28-12-95.
Cumulado de muitos elogios, o artigo "O Passado" foi transcrito pela "Cidade de Bragança", jornal que, sob a direção de José Vilagelin, havia sido fundado na cidade que lhe deu o nome, ali por 10 de Novembro de 1895, pouco mais ou menos.
Bondosissima, esposa e mãe exemplar, filiada á Santa Igreja Catolica Apostolica Romana, os parentes a adoravam, admiravam-na os que a conheciam.
Falecendo seu marido, em Atibaia, em 8 de Maio de 1929, mudou-se para S. Paulo.
Morou, ora aqui, ora ali, sempre, em companhia de sua filha Jacira, até que se fixou em o n. 1484, 2º andar, apt. 24.
Não faltava aos seus deveres religiosos na Igreja Santa Cecilia, quasi em frente.
Estava, uma noite, em sua moradia, quando, acidentalmente, cahiu de uma cadeira de balanço.
Em consequencia, houve fractura do colo do femur da perna esquerda.
Sofreu os amargores do engessamento, voltou para casa, e, pouco depois, faleceu, como uma santa, em 4 de Outubro de de 1954, aos 91 anos de idade.
(manuscrito) Escreveu estas notas, aos 28 (vinte e oito) de Fevereiro de 1967, o seu filho
Jayme."