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Diagrama de Subárvore de família : GenoMap1

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Trabalhou na:
Secretaria Regional da Agricultuta e Pescas, Programa Pecuário dos Açôres PPA, desde 16/JAN/1975, com  Escriturário dactilografo;
Secretaria Regional de Agricultura e Pescas, Seviços Veterinários da Ilha Terceira desde 01JUN1979, com  Escriturário dactilografo;
Secretaria Regional do Equipamento Social, Direcção de Obras Públicas e Equipamento de AH desde 27MAR1981, como 3º. Ofícial;
Câmara Municipal de Angra do Heroísmo desde 02NOV1982, como Topógrafo de 2º. classe em 02NOV1982, Topógrafo de 1º. classe em 30MAI1986, Topógrafo principal em 02OUT1989, Topógrafo especialista em 08FEV1995, Topógrafo especialista de 1ª. classe em 31AGO1998. (Licença sem vencimento de 1OUT1980 a 29DEZ1980)
1954 Maria Manuela Gonçalves Amorim da Silveira 61 61 1975 Miguel António Silveira de Almeida 41 41 18 Abr 1978 Hugo André Silveira de Almeida 1922 Miguel Arruda Pereira de Almeida Desenhador Projectista 1930 - 2002 Maria Eugénia Macahdo da Costa 72 72 1951 Maria Graciosa Costa Almeida 64 64 1952 Maria Margarida Costa Pereira Almeida 63 63 1965 João Manuel da Costa Almeida 50 50 1968 Emanuel da Costa Almeida 48 48 1970 Luís Miguel da Costa Almeida 46 46 1893 - 1972 Miguel Almeida 78 78 Padrinho de Rafael d'Almeida. 1892 - 1972 Diamantina de Sousa Pereira 80 80 Registo nº. 75 da folha 38.
Padrinhos António Claudio de Sousa, caixeiro, e irmã Filomena Adelaide de Sousa, tios maternos da baptizada.
23 ABR 1979 Isabel Maria Berbereira Cota 16 Mai 2001 Francisca Cota Almeida 13 Ago 1922 - 26 Ago 1986 António Jorge Amorim da Silveira Fiscal de Obras Públicas da Junta Geral de Angra do Heroísmo.

Outros Silveiras ainda, radicados nos Açores, descendem do flamengo Wilhelm van der Hagen <../pessoas/pes_show.php?id=110606> que traduziu o nome de Hagen para "Vandaraga" e, depois, Silveira. É uma família que se estende por todas as ilhas dos Açores com excepção da Graciosa, onde os Silveiras aí estabelecidos constituem um ramo dos Silveira do continente.
1923 - 2004 Ernestina Lurdes Gonçalves 81 81 1907 - 1991 Eurico Vieira da Costa 84 84 1907 - 1962 Maria Livramento Machado 54 54 1898 - 1957 Antònio Fernando Almeida e Silveira 58 58 Chefe interino da Secretaria da Comarca em 1922
Escrivão das execuções fiscais desde 1929
1899 - 1954 Celestina Lopes de Amorím 55 55 1893 - 1956 Manuel Gonçalves Leonardo 63 63 Registo de nascimento nº. 18 folha 162 1892 - 1968 Maria Adelaide da Cunha Vasconcelos 75 75 1871 - 1954 Miguel Álvares Pereira d' Almeida 83 83 Major do Exercito
- Comissário da PSP e Comandante da Guarda Fiscal em Ponta Delgada
    Na residência de seu filho, na Rua Dr. Guilherme Poças Falcão, nº. 75, em Ponta Delgada, faleceu o distinto oficial micaelense major Miguel de Almeida, em 18 de Novembro de 1954, completam-se, agora 39 anos.
    Miguel de Almeida nasceu no dia 11 de Janeiro de 1871. Assentou praça, em 1888, no Regimento de Caçadores11.
    Foi promovido a alferes em 1902, ofereceu-se para servir no Ultramar. Embarcou para Angola, a fim de tomar parte nas forças que se organizaram para as operações de pacificação do Norte de Benguela, cujo gentio se rebelara, após o suicídio de Silva Porto.
    Tomou parte na Campanha do Bailundo e, depois, na Coluna do Peinha, onde desempenhou, com apreciado louvor, a direcção da Base de Estapes.
    Tomou parte nos combates de Caiobe, Embala Grande, do Soque, passagem do Rio Congo, Embala Grande da Guibanda e da Galanga.
    Foi nomeado comandante dos fortes militares Teixeira Sousa e do Sambo e desempenhou as funções de Chefe do Conselho do Bié, depois distrito do mesmo nome.
    Promovido a Tenente em 1908, ascendeu a capitão em 1915 e, finalmente, a major em 1920, posto em que passou à situação de reserva, em 1931.
    Prestou serviço nos batalhões de Caçadores 11, 10 e 7 e nos regimentos de infantaria 1, 11, 25 e 26.
    Exerceu, com o maior critério, as funções de Comissário de Policia, no período difícil do após guerra de 1914-1918, sendo lembrada a sua acção enérgica, mas ponderada, como moralizou os costumes, abalados com a permanência de tropas estrangeiras em S. Miguel.
    Foi Comandante da Companhia nº. 2 da Guarda Fiscal, aquartelada em Ponta Delgada. O major Miguel de Almeida foi condecorado com a medalha de prata Rainha D. Amélia, comemorativa das Campanhas de África; medalha da Cruz Vermelha Portuguesa; medalha de ouro de Comportamento Exemplar; comemorativa da guerra de 1914-18; das Campanhas do Exército Português e Comenda da Ordem Militar de Avis. Possuía, ainda, vários e honrosos louvores que ilustram a sua folha de serviço à Pátria.
    Serviu, na efectividade, 43 anos, após os aumentos do Serviço de Campanha e no Ultramar.
    O funeral, realizado para o cemitério de S. Joaquim, constitui sentida manifestação de pesar pelo falecimento do major Miguel de Almeida, sendo a uma conduzida num armão militar, coberto com a bandeira nacional e ladeado por uma escolta de Infantaria.
    A espada e o quépi foram levados pelo capitão Henrique Frazão, e as condecorações pelo tenente Lacerda Nunes.
    A chave da urna foi conduzida pelo tenente-coronel José Rebelo Cordeiro, Governador Militar dos Açores, interino, que a entregou ao Governador Civil do Distrito, Capitão Aniceto dos Santos, que aguardava à porta do cemitério, onde o préstito era esperado por uma deputação da Polícia de Segurança Pública de Ponta Delgada.
18 de Novembro de 1993

Por M. J. Andrade

Jornal Açoriano Oriental de 19NOV1993
~1875 Maria Guilhermina de Arruda Pereira 141 141 ~1853 - 1888 Vitorino Inácio Arruda 35 35 Negociante em Ponta Delgada ~1855 Margarida dos Anjos Pereira 161 161 1817 - ~1889 Miguel Ângelo Marfim Pereira 72 72 Nasceu em 28 de Novembro ou a 28 de Março de 1817.
Conhecido por Miguel de Almeida, apelido que adoptou de um sócio de seu pai, que era comerciante.
Morreu solteiro com 72 anos.
~1820 Jacinta de Jesus 196 196 ~1760 - 1845 Luís José Alves Pereira 85 85 Livro de Geneologia de Carlos Machado pág. 286
Comerciante, possuia um forno de Cal.
Faleceu com 85 anos.
~1787 - 1864 Leonor Cândida Serra 77 77 Livro de Geneologia de Carlos Machado pág. 286
Faleceu com 77 anos.
~1740 - 1795 Miguel Ângelo Marfim 55 55 Livro de Geneologia de Carlos Machado pág. 286
Negociante de panos e como tal foi ao BRASIL em 1767 (ver Boletim Histórico da Ilha Terceira nº. 6 de 1948 pág. 30 "a vender uma carregação de panos de linho e a fazer emprego do produto dela naquele pais" donde voltou em 1775.
~1720 Leonor Felícia da Sousa 296 296 Livro de Geneologia de Carlos Machado pág. 131 ~1710 - 1822 João Ângelo Molfini 112 112 Molfini ou Molfim por corrupção, Genovês da cidade de Rapalo, onde foi batisado na freguesia de S. Martinha.
João Ângelo Marfim, como assinava, veio para S. Miguel - AÇÔRES, com o mercador Genovês Nicolau Maria Canevas (antepassado da familia Raposo de Amaral) que o trazia em viagem de recreio por mandado de seu pai. Tendo ido com o Canevas jantar a casa de Germano Arnaud, logo se apaixonou pela filha Maria Berta, pedindo-a de imediato em casamento ao pai. Tendo-lhe este dito que esperasse, pois não sabia quem ele era, raptou-a passados oito dias e depois de casado establece-se em Ponta Delgada, S. Miguel, na Rua do Valverde,com casa de negócios, no canto em baixo, junto à Misericordia Velha (onde está hoje a casa Bensaúde). Fez testamento em 21 de Março de 1795, onde fala num irmão Lázaro Molfini, residente em Rapalo - ITÁLIA, que era o responsável pela legitíma paterna, herança que recomenda aos filhos, que façam por reivindicar, para o que deixa documentos autenticos, adquiridos por ocasião de uma questão que teve com as autoridades desta ilha, quando o quiseram prender por ter esfisgado um homem no cais desta cidade com o seu estoque, os quais documentos lhe serviram para mostrar que era pessoa de qualidade, com previlégios por nascimento, que não lhe permitiam ser preso, senão depois de cumpridas certas formalidades. Efectivamente os seus herdeiros trataram de reenvidicar os seus bens que lhe pretenciam; porém um dos que disso foi tratar ficou cativo na costa de Marrocos e quando se viu livre desistiu do intento. Esses documentos foram depois entregues a seu procurador da Ribeira Grande, S. Miguel, que nunca mais apareceu. Em 1800 e tantos, um bisneto de João Ângelo Molfini, Luís António Máximo Pereira, esteve em Rapalo - ITÁLIA, e viu as ruinas da casa e ermida dos Molfinis.
Morreu a 6 ou 7 de Abril de 1795 e está sepultado na igreja da Conceição desta cidade. Em 1778 aparece como subscritor numa lista de subscrição para a construção do cais desta cidade (ver Arquivo dos Açôres, Vol XI pág. 68 nota).
~1720 Bertha Maria Arnaud 296 296 ~1700 Germano Arnaud 316 316 Livro de Geneologia de Carlos Machado pág. 285
O mais moço dos numerosos filhos dos pais.
Nasceu em Sedan, onde foi baptisado na igreja de S. Carlos.
Era Fidalgo da casa dos Duques de Rohan e por ser Jesuita foi para S. Miguel - AÇÔRES, na companhia do 2º. Conde da Ribeira Grande (2º. Capitão Donatário da ilha de S. Miguel - AÇÔRES, cuja mulher era a Princesa Constança Emilia de Rohan) onde montou e foi director da fábrica de tecidos da Ribeira Grande, S. Miguel - AÇÔRES, que era do dito Conde.
Consul Francês
~1700 Maria Francisca 316 316 ~1680 Louís Arnaud 336 336 7º. Filho.
Gentil homem da casa dos Duques de Rohan, morador em Sedan de cujo fábrica de pano era técnico.
~1680 Jeanne Armentiés 336 336 ~1650 Daniel Arnaud 366 366 Grande trovador
Gentil homem da casa dos Duques de Rohan.
Director da importante fábrica de panos que estes Duques possuiam em Sedan.
~1650 Catherine de Trenné 366 366 ~1630 Madeleine de Bardel 386 386 ~1630 Claud Arnaud 386 386 Segundo filho.
Grande trovador e tangedor de sitara.
Foi gentil-homem da casa dos Duques de Rohan-Soubise, que então tinham o seu Castelo na Turenne, perto de Sédan.
~1600 Claud Arnaud 416 416 7º. Senhor de Montorcier
11º. Senhor de Pragunil dos quais prestou homenagem a 3 Jul 1533
~1600 Marguerite de Bousquets 416 416 ~1580 Jacques Arnaud 436 436 6º Senhor de Montorcier, cujo feudo prestou homenagem a 26 Jan 1489.
Pelo seu casamento é ainda 10º. Senhor de Pragunil.
~1580 Théreze de Pragunil 436 436 Herdeira e 10ª. Senhora de Pragunil ~1550 Catherne S. Hostager 466 466 ~1550 Antoine Arnaud 466 466 em 18 Fev 1446 prestou homenagem do seu feudo.
5º. Senhor de Montorcier.
Exímio trovador e músico.
Morreu no seu Castelo de Montrocier.
~1520 Micher Arnaud 496 496 4º. Senhor de Montorcier.
Bom trovador e grande músico.
Prestou homenagem do feudo de Montorcier a 12 de Jul de 1425.
~1520 Maria Founier 496 496 ~1500 Jean Arnaud 516 516 da provincia do Dauphiné em França.
3º. senhor de Montorcier pelo casamento.
Consta esta familia do manuscrito "Nobiliarchie de Provence, pág. 9, título "Arnaud du Dauphiné", existente na Biblioteca Nacional de Paris, que dá a esta familia as armas com o seguinte "ecousson": Tranche d'azur et da guenles, avec bandes d'or arcompagné d' ume flour de lys du même au bien du deuxiéme quartier et d' une rose d'argent, au quartier dextre de la peinte".
Esta genealogia foi copiada do original por Jacinto d'Andrade Albuquerque Bettencourt, descendente de Germano Arnaud, que veio para S. Miguel - ACÔRES.
~1500 Delphine de Roux 516 516 Herdeira do feudo de Montorcier ~1480 Jaques de Roux 536 536 2º. Senhor de Montoercier 1933 Roberto Machado da Costa 82 82 1932 Luciana Machado da Costa 83 83 1934 Raúl Machado da Costa 81 81 D. 30 Out 1953 Alexandrino Verissimo Costa 1882 Francisca Torres 134 134 Manuel Correia Torres Rosa Isabel Maria Augusta 1887 - 16 Fev 1956 Manuel Alberto Machado 1883 - 1960 Maria dos Anjos Silva Machado 76 76 José Augusto Pereira ~1850 Maria da Glória Alves 166 166 António Machado Pereira Maria Urbelina Augusta Pereira ~1820 Manuel Alves de Vasconcelos 196 196 ~1820 Maria Carolina da Cunha 196 196 Domingos Álvares de Vasconcelos Ana José de Jesus José da Silva Ana Joaquina de Mendonça Manuel José Álvares de Bettencourt Francisca Vitória Domingos Álvares Baleeiro ~1740 Maria de Vasconcelos 276 276 Manuel de Freitas Caria Maria Neto ~1720 Manuel dos Anjos Sodré 296 296 ~1720 Antónia de Jesus de Vasconcelos 296 296 João Luís Sodré Maria Pereira de Aguiar ~1690 Manuel de Vasconcelos 326 326 ~1690 Ana Espinola de Vasconcelos 326 326 ~1670 Manuel de Vasconcelos de Ataide 346 346 ~1670 Catarina de Vilalobos 346 346 Manuel Fernandes de Eiró Sodré Maria Espinola de Vasconcelos João Correia de Ávila Ana Veloso Espinola João Veloso Perestrelo Sebastiana de Vanconcelos Está sepultada em frente o altar  de S. Luzia, na igreja Matriz de Santa Cruz da ilha Graciosa - AÇÔRES. Baltazar Martins Isabel de Mendonça Vasconcelos Gaspar Veloso Perestrelo Maria Álvares Espinola de Veiga Manuel Pires de Figueiredo Fidalgo Cavaleiro da Ordem de Santiago, Ovidor Geral das Justicas Seculares Paula Espinola de Viega Pedro Espinola Dória Catarina de Veiga João Rodrigues Fidalgo. Ana Veloso Gaspar Veloso Perestrelo Vigário da Matriz de Santa Cruz da Ilha Graciosa António Lobão Botelho Inês Gomes de Ávila Francisco da Covilhã Leonor Vaz de Orta José Francisco Carvalho 1973 Tiago Afonso de Almeida Carvalho 42 42 1975 Nuno Alexandre de Almeida Carvalho 40 40 1982 Filipe Manuel de Almeida Carvalho 34 34 Manuel Carvalho Nazaré Carvalho Joaquim Machado Fortuna 1859 Maria do Livramento 157 157 1921 - 1983 João Pereira de Morais 62 62 1952 Joaquim Eurico da Costa Pereira de Morais 63 63 Maria Dolores Resendes Morais 1984 João Resendes Pereira de Morais 31 31 1986 Ana Isabel Resendes de Morais 29 29 1953 Teresa Costa de Morais 63 63 1949 António Morgado Valdemar Gama 67 67 1987 Maria Morais Gama 29 29 1989 Catarina Morais Gama 27 27 1940 Isabel Carreiro Costa 75 75 1979 Rosa Maria Carreiro da Costa 37 37 1964 Ana Isabel Carreiro da Costa 51 51 1968 Eurico Manuel Carreiro da Costa 47 47 1969 Mariana Carreiro da Costa 47 47 1972 Roberto Paulo Carreiro da Costa 43 43 1940 Margarida Bruto da Costa Machado Costa 75 75 1963 Pedro Bruto da Costa Machado da Costa 52 52 1964 Paulo Bruto da Costa Machado da Costa 51 51 1965 Rita Bruto da Costa Machado da Costa 50 50 1969 João Bruto da Costa Machado da Costa 47 47 João Luís Bruto da Costa Machado da Costa
    Data de nascimento: 1969/04/30.
    Nacionalidade: Portuguesa.
    Morada: Caminho do Jardim, 1, Santa Cruz, 9880 - 328 Santa Cruz da Graciosa.
    C.F. n.º 109 260 520.
HABILITAÇÕES LITERÁRIAS:
    Licenciatura em Direito pela Universidade Internacional de Lisboa, curso de 1989/94, concluída em 4 de Outubro de 1994 com a classificação de 12 valores.
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS:
    Formação em Direito Regional, nomeadamente órgãos próprios das regiões, competência legislativa das Regiões Autónomas, estrutura, competência e funções do Governo Regional, as regiões autónomas na Constituição Portuguesa.
Formação em Informática Jurídica.
    Formação em Direito Constitucional.
    Formação em Economia Política e Direito da Economia.
Formação em Sistemas do Direito, Finanças e Direito Financeiro.
Formação em Sociologia Jurídica.
Formação em Direito Comunitário, Direito Internacional Publico e Direito Internacional Privado.
Formação em Direito Fiscal.
Formação em Direito das Pessoas.
Formação em Direito Comercial.
    Formação em Direito Administrativo, nomeadamente contratos Administrativos, a execução do acto administrativo, contencioso administrativo, actividade administrativa, procedimento administrativo, estrutura da administração, processo administrativo, delegação de poderes, processos de decisão e recursos, etc.
    Formação em processo executivo, embargos de terceiro e de executado, em Direito da Segurança Social e em Direito do trabalho, nomeadamente contratos de trabalho, convenções colectivas, direitos sindicais e conflitos colectivos de trabalho.
    Formação em Direito Penal, Processual Penal e Contra-Ordenacional.
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL:
    Após conclusão da Licenciatura em Direito iniciou o Estágio de Advocacia, cuja primeira fase concluiu com a classificação de 15,3 valores.
    Em 20 de Agosto de 1996 foi nomeado Delegado do Procurador da República junto da Comarca de Santa Cruz das Flores.
    Em 3 de Agosto de 1997 iniciou iguais funções junto do Tribunal de Santa Cruz da Graciosa, onde permaneceu até Setembro de 2002.
    Conclusão da 2ª fase do estágio de Advocacia em 31 de Janeiro de 2003
    Inscrição na Ordem dos Advogados a 3 de Março de 2003 (CP n.º 227A).
    Leccionou nos anos lectivos de 1994/95 e 1995/96 no ensino oficial.
    Jurista da Câmara Municipal de Santa Cruz da Graciosa, em regime de avença desde Outubro de 2002.
Formador na Escola Profissional da Vila da Praia da Graciosa
OUTROS ELEMENTOS:
    Frequência, com aproveitamento, do curso, “Fiscalidade - Alterações e sua actualização”, ministrado em 1995 pela Secretaria Regional da Juventude, Emprego, Comércio, Industria e Energia.
    Frequência de uma acção de formação sobre o tema “Didáctica da Educação Física” com a duração de 35 Horas.
    Exercício, desde Setembro de 1996 até Setembro de 2002, das funções de Presidente da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco de Santa Cruz da Graciosa. Passando a membro designado pela Assembleia Municipal de Santa Cruz da Graciosa
    Frequência do curso de Formação Pedagógica Inicial de Formadores concluído em 11/11/2002 com a classificação de “Muito Bom”.
    Indigitado Delegado do Conselho Distrital dos Açores da Ordem dos Advogados para a Comarca de Santa Cruz da Graciosa em 4 de Março de 2005.
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Endereço de correio electrónico
joaobruto@netc.pt
Telefone do escritório
295732520
FAX: 295732521
Última revisão: 2005/05/14
1961 Paulo Jorge da Costa de Morais 54 54 1955 Maria Dolores Madruga de Berquó Madruga Fonseca 60 60 1980 Susana Bercó Machado da Costa 35 35 1979 Joana Catarina Bercó Machado da Costa 36 36 1921 Fernando Arruda Pereira de Almeida 94 94 Imigrou para o BRASIL. 1957 Miguel Fernando de Almeida 58 58 ~1860 Maria Henriqueta Sousa 156 156 1954 Maria Clara Araújo de Almeida 61 61 Margarida Araujo de Almeida 1925 Maria Manuela Gonçalves 91 91 1923 - 2005 Firmino de Deus Pinheiro 82 82 Funcionário do BNU - Banco Nacional Ultramarino 1950 Maria Margarida Pinheiro da Silva 65 65 1951 José Gabriel Pimentel da Silva 64 64 1976 Sónia Pinheiro da Silva 40 40 1979 Raquel Pinheiro da Silva 36 36 Silvina de Sousa Vieira 1964 Maria José Marques Silveira Machado Costa 52 52 1990 Ana Rita Silveira Machado da Costa 25 25 2965 Júlia Vasconcelos Franco Pereira Morais 948 948 1991 João Pedro Machado da Costa 24 24 1972 Ana Cristina Berquó Pereira de Morais 44 44 ~1860 João Honorato Pereira 156 156 Marchante. 1898 Cláudio de Sousa Pereira Registo nº. 81da folha 42.
Padrinhos António Claudio de Sousa e irmã Filomena Adelaide de Sousa.
1903 Rosa Casanova Barreto 112 112 1928 Maria Clarice Barreto Pereira 87 87 1936 Manuela Barreto Pereira 80 80 1953 Ana Paula Barreto Pereira Baptista 62 62 1954 Maryvone Barreto Pereira Baptista 61 61 1933 Manuel da Silva 83 83 1961 Rosa Pereira da Silva 54 54 1912 - 2003 Maria Leonor de Almeida 90 90 1918 Alda Almeida 98 98 1954 Julio Sergio Schwartz 62 62 1979 Adriana de Almeida Schwartz 37 37 ~1910 José Jacinto Vasconcelos Raposo 106 106 1940 Nicolau de Almeida Vasconcelos Raposo 76 76 1943 Maria Leonor de Almeida Vasconcelos Raposo 73 73 1941 Maria Margarida Almeida Vasconcelos Raposo 74 74 1945 José Jacinto de Almeida Vasconcelos Raposo 70 70 1945 António Luís de Almeida Vasconcelos Raposo 70 70 Maria Eduarda Monteiro do Canto e Castro Vasconcelos 1968 Maria Leonor de Castro Albuquerque Vasconcelos Raposo 47 47 1971 Maria Eduarda de Castro Albuquerque Vasconcelos Raposo 44 44 José Jacinto de Carvalho 1974 Maria Isabel Vasconcelos Raposo de Carvalho 41 41 1982 Miguel de Almeida Vasconcelos Raposo de Carvalho 33 33 Rui Nina da Silva Lopes 1974 Pedro Vasconcelos Raposo da Silva Lopes 41 41 Maria Clara Vaz Pereira Pracana 1977 Julieta Pracana de Almeida Vasconcelos Raposo 38 38 Maria da Graça Oliveira Batista Marques Pereira 1972 João Paulo Maques Pereira Vasconcelos Raposo 43 43 1974 Jorge Marques Pereira Vasconcelos Raposo 41 41 1872 João de Almeida 143 143 1909 Maria Jacinta de Almeida 107 107 Viveu com os Tios Major Miguel d'Almeida e Maria do Carmo em S. Miguel dos 4 aos 14 anos, depois do que foi aluna interna do Colégio das Doroteias (sob direcção da Madre Saraiva) sendo sempre a mais galordoada da sua turma. Foi tia amantissima de Isabel de Almeida Fernandes Bastos.
Foi funcionária do Arquivo Histórico do Ministério das Finanças, com numerosos elogios por sua dedicação e trabalho.
Faleceu aos 95 anos, mantendo completa lucidez e toda a graciosodade da sua voz.
Demonstrou sempre grande solidariedade aos doentes e desprotejidos o que a levou a ser militante do Partido Comunista Português.
~1910 Olga de Almeida 106 106 ~1900 - ~1918 Fernando de Almeida 18 18 com 19 anos com o 3º ano de Engenharia (Estudante da Universidade de Coimbra)
Morre em Lisboa da gripe espanhola em 1918, jovem, solteiro..
1857 Rafael de Almeida 158 158 1866 Gabriel de Almeida 149 149 Jornalista, redactor de «O Civilizadom, colaborador de «O Açoriano Oriental», e autor de Breve notícia sobre a Cultura do Chá, Ponta Delgada, Tip. Imparcial, 1883, Rápida Memória sobre o Tabaco, Ponta Delgada, Tip. de Manuel Corrêa Bote1ho, 1883, Indústria Agrícola, Topográfica e Litográfica da Ilha de Sam Miguel, Ponta Delgada, Tip. de Manuel Corrêa Botelho, 1884, Castilho na Ilha de Sam Miguel, Ponta Delgada, Litografia dos Açores, 1886, A Vinha, Ponta Delgada, Tipo-Litografia dos Açores, 1887, Anthracnose, Ponta Delgada, Tipo-Litografia dos Açores, 1888, Os Açores a Colombo, As Ilhas dos Açores, Lisboa, Viúva Bertrand, 1889, «Introdução Histórica», Fastos Açorianos, 1889 (em que o autor se debruça sobre a cultura do pastel, linho, açúcar, chá, laranja,e ananaz), Manual do Cultivador e Manipulador do Chá, Ponta Delgada, Tipo-Litografia Minerva, 1892, A Ilha de Santa Maria, Ponta Delgada, 1893 (destinado à Exposição Universal de Chicago), Guia do Cultivado r do Chá, Lisboa, Tip. da Revista Industrial, Comercial e Agrico1a, 1893, Os Açores e a Indústria Piscatória, Ponta Delgada, Tip. do Campeão Popular, 1893, Agenda do Viajante da Ilha de Sam Miguel, Ponta Delgada, Tip. do Campeão Popular, 1893, A População dos Açores, Lisboa, Boletim da Sociedade de Geografia, 1894, A Ilha de Sam Miguel, Ponta Delgada, Tipo-Litografia do Açores, 1895, Representação Popular (comédia), e Touradas!.
(Urbano de Mendonça Dias, Literatos dos Açores, Vila Franca do Campo, 1931, p. 676)
~1630 Jaques Arnaud 386 386 1º filho

8º. Senhor de Montorcier e 12º. Senhor de Pragunil
1828 José Maria Alves Pereira ~1780 Maria José Monteiro Velho de Bettencourt 236 236 Maria Jacinta Almeida Matos Joaquim Matos Lígia Almeida Matos Gabriel Almeida Matos 1815 - 1893 Luís António Máximo Pereira 77 77 Livro de Geneologia de Carlos Machado pág. 286
Tiveram mais filhos
1820 - 1879 Leonor Máxima Pereira 59 59 ~1810 - 1886 Ricarda Joaquina Marfim Pereira 76 76 Geneall.pt 1818 - 1868 Ana Júlia Marfim Pereira 50 50 Livro de Geneologia de Carlos Machado pág. 285 1804 - 1870 Joaquim Manuel Fernandes Braga 66 66 Foi para São Miguel, no posto de tenente de artilharia, com tropas enviadas por D. Miguel para a defesa da ilha contra os Constitucionais.
Preso em Agosto de 1831, quando o Conde de Vila Flor desembarcou em São Miguel com forças liberais vindas da ilha Terceira, foi condenado a deportação por dois anos, com homenagem e subsidio mensal de 6$000 réis, na ilha de Santa Maria, para onde partiu em Junho de 1832 com outros oficiais miguelistas.
Voltou em 1839 para São Miguel, onde foi professor particular e, mais tarde, secretário e professor do liceu de Ponta Delgada.
O tenente Braga pertencia à guarnição da ilha de S. Miguel e manteve-se fiel ao Governo de D. Miguel, sendo aprisionado pelas tropas liberais após a vitória na Batalha da Ladeira da Velha. Foi condenado à deportação por 2 anos para Vila do Porto, na ilha de Santa Maria, onde chegou a bordo da escuna inglesa «Suipe», a 27.6.1832. Acabou por casar e fixar residência naquela ilha, só voltando a S. Miguel em 1839, em busca de melhores condições de trabalho. Foi professor de instrução primária e, mais tarde, do Liceu de Ponta Delgada. Chegou a ponderar a hipótese de se radicar em Angra, onde viveu algum tempo (sem a família), pois arranjara um emprego como arquivista da 10º Divisão Militar de Angra - mas, entretanto, abriu-se uma vaga no Liceu de Ponta Delgada e então regressou, acumulando a docência com o lugar de secretário do Liceu.
1815 - 1846 Maria José da Câmara Albuquerque 31 31 Professora do Liceu de Ponta Delgada 1843 - 1924 Joaquim Teófilo Fernandes Braga 80 80 24.02.1843  Nasce o escritor e político Teófilo Braga.
27.09.1865 Início da «Questão Coimbrã» ou «Questão Bom Senso e Bom Gosto». Polémica originada pelas referências depreciativas de António Feliciano de Castilho  (na imagem) a Antero, Teófilo Braga e ao grupo de jovens coimbrãos que veio, mais tarde, a ser conhecido pela Geração de 70, em carta posfácio ao editor do Poema da Mocidade de Pinheiro Chagas, datada deste dia.
18.03.1871 Aparece no jornal "Revolução de Setembro" o programa do Cenáculo, onde participam Antero de Quental, Eça de Queiroz, Jaime Batalha Reis, Oliveira Martins, Manuel de Arriaga e Teófilo Braga . 19.05.1871 Conferências Democráticas do Casino Lisbonense, organizadas por Antero de Quental, e que terão a participação de Teófilo Braga, Eça de Queirós e Oliveira Martins, Ramalho Ortigão, Jaime Batalha Reis, Salomão Saragga, Adolfo Coelho, Augusto Soromenho, entre outros.
10.06.1880 Comemorações do Tricentenário da morte de Camões, promovido por uma comissão executiva presidida pelo visconde de Juromenha, mas dirigida por Teófilo Braga, e de que faziam parte Ramalho Ortigão, Pinheiro Chagas, Magalhães Lima, Eduardo Coelho, Batalha Reis e Rodrigues da Costa. Neste mesmo dia realizou-se um grande cortejo cívico em Lisboa. O governo do partido Progressista e o prórpio rei D. Luis, entendendo o carácter partidário da iniciativa, não aderem plenamente ao acontecimento.
25.02.1888 Teófilo Braga é eleito deputado por Lisboa, numa eleição suplementar.
25.04.1909 No Congresso do partido Republicano é eleito um novo directório a quem foi confiado o mandato imperativo de fazer a revolução. Eram membros efectivos Teófilo Braga, Basílio Teles, José Relvas , Eusébio Leão e Cupertino Ribeiro. O comité revolucionário incluía Afonso Costa , João Chagas , António José de Almeida e Cândido dos Reis.
04.10.1910 Assume a chefia do governo Teófilo Braga, cessando funções Teixeira de Sousa.
26.10.1910 Decreto que aprova os estatutos da Academia das Ciências de Portugal, criada em 1907 por acção de Teófilo Braga.
25.08.1911 Toma posse como presidente da república Manuel de Arriaga, substituindo Teófilo Braga.
02.09.1911 Assume a chefia do governo João Pinheiro Chagas, cessando funções Teófilo Braga.
29.05.1913 Teófilo Braga é proclamado presidente da República depois de, na sequência dos acontecimentos de 14 de Maio, Manuel de Arriaga se ter demitido. Neste seu segundo manadato, manter-se-á em funções até 5 de Outubro de 1915.
05.10.1915 Toma posse como presidente da república Bernardino Machado substituindo Teófilo Braga, no seu 2º mandato.
28.01.1924 Morre aos 80 anos o político republicano e ex-presidente da República Teófilo Braga .
1854 Maria do Espirito Santo Pereira Braga 162 162 Livro de Geneologia de Carlos Machado pág. 286 ~1850 Augusto Pacheco George 166 166 Livro de Geneologia de Carlos Machado pág. 437 ~1880 Maria Antónia Braga George 136 136 ~1880 Joaquim Migâes de Bettencourt 136 136 ~1880 José Aires de Vasconcelos 136 136 ~1880 Maria da Conceição Braga Jorge 136 136 ~1880 João Carlos Machado 136 136 ~1900 Carlos Jorge Machado Embarcou para os E.U.A. ~1797 - 1855 Manuel Joaquim d' Arruda 58 58 Livro de Geneologia de Carlos Machado pág. 550
"Arrenegados" por alcunha
negociante e mestre de obras
1852 Luis d' Arruda Foi para o Brasil 1844 - 1913 Leonor Velho d' Arruda 68 68 Livro de Geneologia de Carlos Machado pág. 550 1843 José Joaquim d' Arruda 173 173 1850 - Brasil Maria Santa d' Arruda ~1850 - Brasil Maria da Glória Miranda Emília de Freitas da Silva Oliveira 1841 João Bernardo Rodrigues 175 175 Livro de Geneologia de Carlos Machado pág. 528 1873 - 1956 Rodrigo Rodrigues 82 82 Director de Finanças do distrito de Ponta Delgada, governador civil do mesmo distrito, genealogista, sócio fundador do Instituto Cultural de Ponta Delgada, fundador do Conservatório Regional de Ponta Delgada, autor da monumental investigação Genealogias de São Miguel e Sta Maria, de que saiu o 1° volume (Para uma mais completa biografia de Rodrigo Rodrigues, veja-se a nota introdutória a este 10 volume, da autoria do nosso falecido Amigo Dr. Rugo Moreira, autor também de uma vastissima investigação, quase toda inédita, sobre a ilha de S. Miguel, suas famílias, toponimia, desenvolvimento industrial e agrícola, etc.; e o fundamental artigo de Armando Cortes-Rodrigues, Apontamentos sobre Rodrigo Rodrigues, «Insulam!», Ponta Delgada, vol. 15, 1959, pp. 237-261). 1876 Óscar Rodrigues Comerciante Portugues na cidade de S. Paulo - Brasil
Sócio da casa "J. J. Moreira"
1878 Irene Rodrigues 138 138 1879 Octávio Rodrigues Músico e compositor, fundador com seu irmão Óscar da «Sociedade de Cultura Artística», a mais antiga sociedade de concertos de S. Paulo 1872 Colotilde d'Azevedo Oliveira 144 144 1901 António Roberto de Oliveira Rodrigues 115 115 ~1900 João Bernardo Oliveira Rodrigues 116 116 Solteiro
Licenciado em História, professor do Liceu de Ponta Delgada, continuador da obra genealógica de seu pai e editor e anotador da primeira edição completa das Saudades da Terra do Dr. Gaspar Frutuoso (Evocamos a memória do Dr. João Bernardo, eminente personalidade do meio cultural micaelense, a quem tão generosas e cuidadas informações ficámos devendo nos primórdios dos nossos trabalhos genealógicos, sempre pronto a esclarecer quaisquer dúvidas dos jovens genealogistas que na sua terra natal não tinham ninguém a quem recorrer para os orientar no agreste e deslumbrante caminho que se preparavam para percorrer).
1906 José Joaquim de Azevedo Oliveira Rodrigues 110 110 Adelaide Macedo ~1905 Jaime de Oliveira 111 111 1908 Violante Rodrigues Monteiro Velho Arruda 108 108 ~1880 Laura de Castro Prima do marido ~1800 Maria Guiomar Monteiro Bettencourt 216 216 1873 - 1950 Manuel Monteiro Velho Arruda 76 76 Licenciado em Medicina (U.C.), notável genealogista e historiador. Para uma biografia mais completa, veja-se João Bernardo de Oliveira Rodrigues, Apontamento Biográfico do Dr. Manuel Monteiro Velho Arruda, «Insulana», Ponta Delgada, vol. XlV, l° semestre, 1959, pp. 1-32 ~1800 José Borges Hasse de Castro 1855 Maria das Dores d' Arruda 161 161 Foi para o Brasil 1827 - 1880 Maria Ângela da Câmara Falção 52 52 Livro de Geneologia de Carlos Machado pág. 67
Tiveram mais filhos
António Xavier da Câmara Pereira 1862 Leonor da Câmara Pereira 153 153 1871 - 1923 Maria do Resgate Monteiro 52 52 1898 - 1974 Armando Monteiro da Câmara Pereira 76 76 1907 - 1980 Leonor Rodrigues Velho Arruda 73 73 ~1820 Francisco Luís Gabriel 196 196 1862 - 1927 João Pereira Gabriel 65 65 Accionista e gerente da Empresa de Iluminação Pública da Horta, presidente da direcção do club «Amor da Pátria». c.c. D. Lídia Rocha (Jorge Forjaz e António Mendes, Novas Famílias Faialenses (a publicar), tit. de Rocha, § 2°, nº 4 (numeração provisória), 1869 - 1939 Lídia Rocha 70 70 1896 - 1952 Maria Rocha Gabriel 55 55 Explicadora de francês e português sem geração ? Manuel Caetano Baptista 1871 - 1911 Francisco António da Silveira e Almeida 40 40 Casa com sua prima.
Proprietário e proposto do recebedor da Fazenda de Santa Cruz, ilha das Flores, Açores.
Advogado
Suicidou-se, as circunstâncias da sua morte são contadas por Pedro da Silveira «Cronologia» adiante anotada. Francisco António da Silveira foi solicitado pelo encarregado da estação postal das Flores, barão de Freitas Henriques, para lhe emprestar algum dinheiro retirado dos cófres públicos e destinado a repor quantias em falta nos correios. Inguenuamente acedeu ao pedido e com tão pouca sorte que dentro de dias desembarcava nas Flores um inspector de Finanças que vinha examinar as contas. Sem ter recuperado o dinheiro que o barão já tinha gasto, não viu outro caminho que não fosse o suicídio. O barão, cujas contas nos correios também não davam certo, foi aposentado compulsivamente, bens arrestados e acabou por sair definitivamente da ilha, indo morrer á ilha do Faial, Açores.
1868 - 1952 Maria Vitória de Mesquita 84 84 1868 - 1949 António Lopes de Amorím 80 80 Escrivão do Juizo de direito ~1870 - 1910 Maria Júlia d' Avelar 40 40 1834 - 1861 António Lopes de Amorím 26 26 Funcionário das Obras Públicas da ilha das Flores, Açores. (Anais do Município das Lages das Flores pág. 29 e 45) 1846 Maria José Henriques 170 170 ~1820 José Caetano Henriques 196 196 ~1820 Policeana Margarida da Silveira 196 196 João Gonçalves Leonardo Cabreiro
Residente na Canada da Ribeirinha (à Giesteira)
1851 António Gonçalves Leonardo 164 164 1782 - 1853 António Lopes de Amorím 71 71 A Ilha das Flores: da redescoberta à actualidade (Subsídios para a sua História)
Capitão, nasceu em S. Pedro, Angra, a 16 Fevereiro de 1782, filho de Manuel Luís Lopes de Amorim Monteiro e de Mariana Isabel do Canto Merens Pamplona, e faleceu na Fajã Grande, onde morava, a 21 de Junho de 1853, com 71 anos de idade. Casou 1.ª vez na Terceira, com Ana Amália do Canto (f. Santa Cruz 1807.09.24, 38 A), filha de Fabião António Almeida e de Vicência Mariana do Canto), 2.ª vez na Fajanzinha, a 9 de Junho de 1808, com Maria Joaquina Cândida Álvares (f. 1833.11.01, 72 A), filha do capitão Manuel Rodrigues Álvares e de Esperança de Freitas, e 3ª. vez, na mesma freguesia, com Policena Cândida Margarida da Silveira (n. 1800.03.01, f. 1881.04.20), filha do ajudante de ordenanças José António Lourenço e de Ana Joaquina da Silveira. Foi comandante da artilharia de toda a ilha pelo menos entre 1805 e 1807.
Em 1806 passou ás Flores com a sua familia, alegando junto do Capitão-General, que era pobre.
Capitão da Companhia de Ordenanças das Fajãs.
1800 - 1881 Policena Cândida Margariga da Silveira 81 81 1758 - 1816 José António Lourenço 58 58 Ajudante de ordenanças, nasceu na Fajã Grande,
Faleceu a 30 de Junho de 1816, com 58 anos de idade.
Entre os seus vários filhos contam-se o tenente António José de Freitas Henriques (do 1.º casamento) e o padre José Raulino da Silveira (do 2.º casamento).
Era irmão do alferes João de Freitas Lourenço
~1760 - 08 Abr 1824 Ana Joaquina da Silveira 1733 - 1806 Manuel Luís Lopes Monteiro de Amorím 73 73 Com testamento aprovado em 6 de Janeiro de 1805, pelo tabelião Luís António Pires Toste (B.P.A.A.H. Inventários Orfanológicos, M. 696).
1º. administrador do vínculo instituido por seu tio Domingos Lopes Soeiro de Oliveira. Quando morreu, procedeu-se a inventário dos seus bens (B.P.A.A.H. Inventários Orfanológicos, M. 696) entre os quais a Quinta com casas  e ermida de Santa Catarina, com 4 alquieres de vinha, 116 alqueires de terra lavradia, as benfeitorias na quinta, a saber, granel, torre de varanda coberta, cozinha ao pé da cocheira e «alguns repartimentos dentro de casa» e, entre os móveis, cita-se uma carroagem de 4 rodas, no valor de 50$000 réis.
1750 - 1786 Mariana Isabel do Canto Merens Pamplona 36 36 José Alves Pereira Clara Maria ~1830 Luis Maria Gorge 186 186 ~1830 Antónia Emília Pacheco 186 186 1850 Francisco Gonçalves Leonardo 165 165 Trabalhador
Residentes na Ladeira do Livramento
Registo de nascimento nº. ? folha 61
Registo de casamento 5 Folha 51
1862 Maria da Conceição da Rosa 154 154 Registo de nascimento nº. 34 folha 18
Registo de casamento 5 Folha 51
1840 - 1912 Manoel da Cunha Vasconcelos 72 72 Telheiro 1864 - 1949 Rosa Augusta de Meneses 84 84 2ª. MULHER 1811 - 1896 Manoel da Cunha Vasconcelos 84 84 1808 Maria Claudina de Ornelas ~1790 Manoel José da Silva Melo Pacheco 226 226 ~1790 Maria Custódia do Coração de Jesus 226 226 1773 Francisco de Sousa de Ornellas 243 243 1782 Isabel Inácia 233 233 ~1830 Francisco Martins Toledo 186 186 ~1830 Maria Josefa 186 186 ~1800 José Martins 216 216 ~1800 Maria Antónia 216 216 ~1800 José de Sousa da Costa 216 216 ~1800 Mariana Josefa 216 216 1888 - 1969 Henriqueta de Sousa Pereira 81 81 Registo nº. 34 da folha 18.
Padrinhos António Claudio de Sousa, caixeiro, e irmã Filomena Adelaide de Sousa.
Faleceu solteira.
1899 - 1981 Margarida do Carmo Sousa Pereira 82 82 Registo nº.    da folha   .
Padrinhos António Claudio de Sousa e irmã Filomena Adelaide de Sousa.
Faleceu solteira.
1850 Maria Cândida 166 166 1887 - 1972 Belmira de Sousa Pereira 85 85 Registo nº. 25 da folha  13.
Padrinhos António Claudio de Sousa,
e Guilhermina Bettencourt (por procuração).
1884 - 1960 Maria Guilhermina de Sousa Pereira 75 75 Registo nº. 30 da folha 16.
Padrinhos Henrique Augusto de Bettencourt, marchante.
                    Maria Guilhermina Bettencourt, esposa.
Faleceu solteira.
1863 Celestina Lopes de Amorím 153 153 Morre de bronquite 1865 - 1961 Palmira Lopes de Amorím 95 95 1871 - 1893 José Lopes de Amorím 22 22 Morre de uma inflamação intestinal 1873 - 1967 Maria Lopes de Amorím 93 93 1876 - 1887 João Lopes de Amorím 11 11 15 Fev 1881 - 4 Set 1967 José Lopes de Amorím 8 Out 1885 - 1893 Celestina Lopes de Amorím 1769 - 24SET1807 Ana Amélia do Canto Mercês Pamplona Monteiro Soeiro 1761 - 1833 Maria Cândida Alves 72 72 Fabião António de Almeida Vivência Mariana do Canto 1803 - 1878 Libânia Narcisa do Canto 74 74 Solteira 15 Fev 1805 António 10 Mai 1806 - 1806 Maria 13 Abr 1732 - 1797 Manuel Rodrigues Álvares A Ilha das Flores: da redescoberta à actualidade
(Subsídios para a sua História)
<http://ilhadasflores.no.comunidades.net>
09 Fev 1733 - 20 Ago 1818 Esperança de Freitas ~1695 Manuel Pimentel Armas 321 321 7 Out 1881 José Amorím Armas 18 Dez 1883 - 1940 Palmira de Amorím Armas Casa com o tio, irmão do pai. 5 Ago 1885 Fernando Joaquim de Amorím Armas Foi Governador Civil da Horta.
Suicidou-se.
8 Out 1886 Celestina de Amorím Armas 2 Abr 1901 - 1965 José Lopes de Amorím Solicitador Judicial, Lavrador e Comerciante. 1908 - 1994 António Lopes de Amorím 85 85 Casa com sua prima, filha de José da Silveira e Palmira Armas. Palmira Lopes de Amorím Morre solteira no recolhimento das Mónicas, en Angra do Heroísmo - TERCEIRA D. 1940 Júlia Lopes de Amorím 28 Fev 1896 - 1969 Maria Lopes de Amorím Morre solteira ~1890 Antónia Lopes de Amorím 06 Fev 1952 Jorge Manuel Armas Gonçalves Domingos de Carvalho Maria da Glória 1950 Carlos Manuel Armas Gonçalves 65 65 27 Dez 1912 - 02 Dez 1986 Anibal Gonçalves 5 Ago 1941 Maria de Fátima Armas da Luz Barbosa 3 Mai 1940 Fernando Rui Armas da Luz Barbosa Foi funcionário da Força Aérea dos Estados Unidos da América na Base Aérea nº. 4 nas Lajes; foi técnico  Profissional Especialista de Segurança Social no Centro de Prestações Pecuniárias de Angra do Heroísmo onde esteve integrado no Lançamento do Serviço de Verificação de Incapacidades Permanentes; em 1995 formou-se com grau de Bacharel no Instituto Superior Politécnico Internacional o curso de Segurança Social, nesse mesmo ano principia a frequência no Curso de Estudos Especializados de Segurança Social, no mesmo Instituto, onde lhe é conferido o grau de licenciatura em Gestão de Segurança Social em 1997. Foi Técnico Superior no Instituto de Gestão de Regimes de Segurança Social onde foi integrado num grupo de trabalho a nível nacional, no Ministério do Trabalho e Solideriedade, na elaboração de uma Portaria para a resolução da Problemática Arquivistica da Segurança Social. Aposentou-se no ano de 2004. 18 Set 1935 Ruben Manuel Armas da Luz Barbosa Formou-se com o Curso de Contabilidade e Comércio do Instituto Profissional dos Pupilos do Exercito, foi funcionário das Forças Aéreas dos EUA na Base Aérea nº. 4 das Lajes; no serviço militar tirou o curso de mecânico de aviões, na Base Aérea nº. 1 em Sintra; foi professor de contabilidade durante vários anos na Escola Comercial e Industrial de Angra do Heroísmo; foi Técnico Superior de Contabilidade na Segurança Social; foi Acessor de Contabilidade no Centro de Saúde de Angra do Heroísmo. 14 Fev 1906 - 1945 Manuel da Luz Barbosa Foi 1º. Sargento de Infantaria no BI 18 1869 - 1937 Ernesto Ribeiro Carvalho 67 67 Foi Governador Civil da Horta 2 Ago 1898 - ~1915 Ernesto Amorim de Carvalho Morreu aos 17 anos num acidente de caça.
Solteiro sem filhos.
José Amorim de Carvalho Emigrou para os E. U. A., sem geração. 1904 - 1973 Maria Amorím de Carvalho 69 69 Fernando Mendonça Armas Solteiro
Sem geração
1906 - 19 Abr 1996 Celestino Amorim de Carvalho 1908 Ermelinda Rosa Amorim de Carvalho 107 107 Solteira.
Sem filhos.
1877 - 09 Mai 1924 José Jacinto Armas da Silveira Médico cirurgião pela Escola de medicina-cirurgica de Lisboa.
Delegado de Saúde da Ilha das Flores e da Ilha do Corvo.
Irmão de Fernando Joaquim Armas da Silveira, pai de sua esposa.
fundador da Filarmónica União Musical Florentina, em 1915.
Integrado no grupo de "Amigos das Flores" foi também fundador do Jornal "Açoreano Ocidental" em 15 Abr 1917.
1909 - 01 Abr 2001 Maria Fernando Armas Solteira 09 Mai 1911 - 23 Ago 1982 Júlia Armas da Silveira 1912 - 17 Dez 1984 Fernando Joaquim Armas da Silveira Aspirante de Finanças 1915 Otília de Amorin Armas da Silveira Casa com seu primo, filho de António Lopes de Amorim e Maria Júlia de Avelar. 07 Mai 1917 - 31 Dez 1980 António Fernando Armas da Silveira 10 Mai 1916 - 08 Mai 1985 Rui Amorim Armas 05 Ago 1920 - 31 Dez 1969 Aida Armas da Silveira 1920 - 1975 Vasco Armas da Silveira 55 55 1922 - 2004 Judite Armas da Silveira 82 82 10 Dez 1923 Dulce Amorim Armas da Silveira Olívia Machay Flôres 24 Dez 1917 Orlando Fernando Flores Armas 1920 Aurélio Fernando Flores Armas 96 96 1924 - 14 Mai 1966 Celestina Maria de Amorim e Silveira Suicidou-se 1929 - 1966 José Constantino de Amorim e Silveira 37 37 1934 Júlia Maria de Amorim e Silveira 81 81 1904 - 1989 Teresa da Glória Teixeira 85 85 1937 José de Amorím 78 78 06 Mai 1942 António José Armas de Amorim 17 Set 1946 Lília Maria Armas de Amorim Solteira
Sem geração
18 Fev 1948 Antonieta Júlia Armas de Amorim 1950 José Vasco Armas de Amorim 65 65 Solteiro
Sem geração
23 Out 1900 - 1968 José Jacinto Mendonça Flôres Foi Presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz das Flôres, gerente da firma Martins & Rebelo, em Santa Cruz das Flôres. ~1870 Fernando Augusto Bicho Flôres 146 146 ~1870 Maria de Mendonça 146 146 1926 Celestino de Carvalho Flôres 90 90 Casa com sua prima filha de Celestino Amorim de Carvalho e de Regina Veloso da Silva Carvalho.
Foi Presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz das Flôres, Despachante oficial e comerciante.
27 Abr 1932 Horácio de Carvalho Flôres Médico cirurgião, Director do Hospital de Beja. Regina Veloso da Silva Carvalho 1928 Celestina Amorim de Carvalho 87 87 7 Set 1929 - 1 Out 1993 Edith Amorim de Carvalho Casa com seu primo filho de Maria de Amorim Carvalho e de José Jacinto Mendonça Flôres. 1933 - 1933 Marília Amorim de Carvalho 1934 Maria Regina Amorim de Carvalho 82 82 Licenciada em História Científica, Acessora de documentação do Centro de Prestação Pecuniárias da Segurança Social de Ponta Delgada. Guilherme Carvalho Cecília Santos 1960 Maria Dulce Armas Gonçalves 56 56 1961 Filomena da Conceição Armas da Silveira Melo 54 54 1925 - 1977 Francisco do Rego Pimentel 52 52 1955 - 1998 Maria Margarida da Silveira do Rego Pimentel 43 43 19 Ago 1957 Maria Leonor Silveira do Rego Pimentel 1959 Carlos do Silveira do Rego Pimentel 56 56 22 Mai 1932 - 1978 Lúcia Maria Sousa 23 Set 1958 António Fernando de Sousa Amorim Silveira 02 Mai 1960 Aires Sousa Amorim Silveira 1930 Carlos Resendes Medeiros 85 85 1966 Joseph Silveira Medeiros 50 50 27 Out 1968 Charles Silveira Medeiros 18 Out 1948 - 1983 Dina Maria Romeiro de Medeiros 26 Fev 1968 Zaida Maria de Medeiros Armas Amorím 1972 Elisabeth Medeiros Armas de Amorím 44 44 1955 Horácio José da Carvalho Flôres 60 60 Psicólçogo (grau de mestrado), faleceu com 27 anos, sem geração. 31 Mai 1960 José Horácio de Carvalho Flôres Vive no Canadá Maria Ester Corvelo Rezendes Viúva de José de Freitas Lima. Francisca Pacheco do Rio Pedro Joaquim Pedro Maria Pedro 5 Set 1962 Marta Rio Pedro Flôres 1965 Rita Rio Pedro Flôres 51 51 Domingos de Carvalho Maria da Glória Manuel Maria Tavares Chefe de repartição da Junta autónoma dos Portos de Ponta Delgada - ilha de S. Miguel - ACÔRES. Manuel Tavares Maria da Costa 13 Dez 1952 Maria Manuela de Carvalho Tavares Professora do Ensino Secundário na Escola Domingos Rebelo em Ponta Delgada - Ilha de S. Miguel - AÇÔRES. Vasco Pacheco de Amaral Sub-gerente Administrativo do BPA - Banco Portugues do Atlântico. Miguel de Amaral Maria Amaral 22 Abr 1963 Vasco Manuel de Carvalho Amaral 09 Ago 1965 Carlos Miguel de Carvalho Amaral 1 Set 1966 Paulo Alexandre de Carvalho Amaral 07 Out 1946 Etelvina Maria Borba Saial 10 Ago 1966 Ruben Manuel Saial Armas Barbosa 1969 Luís Filipe Armas Barbosa 46 46 1977 Eva Luiza Saial Armas Barbosa 38 38 1947 Maria da Conceição Borges de Ávila 68 68 Isidro Soares d' Ávila Armanda Borges 10 Ago 1966 Fernando Rui Ávila Armas Barbosa 1971 Jorge Miguel Ávila Armas Barbosa 44 44 ~1950 Carlos Alberto Sousa Lima Ferreira 66 66 1 Dez 1984 João Pimentel Ferreira 4 Mai 1987 Isabel Maria Pimentel Ferreira 7 Fev 1995 Maria Pilar Pimentel Ferreira ~1930 Gil Lima Ferreira 86 86 ~1930 Maria Sousa 86 86 Maria Isabel Lacerda Coelho de Sousa 1990 Francisco Lacerda do Rego Pimentel 25 25 23 Out 1993 Maria Beatriz Lacerda do Rego Pimentel José Jacobetty Rui Manuel Pires Guerra Rui Guerra Cândida Pires 30 Ago 1994 Mariana Pedro Flôres Guerra 16 Out 1999 João Pedro Flôres Guerra João José Assis Pacheco Strect Ribeiro 1996 Maria Flôres Strect Ribeiro 20 20 José Francisco Vaz Medeiros Francisco Manuel de Carvalho Vaz Medeiros Luisa Manuela Roque Teixeira 1998 Francisco Teixeira Amaral 17 17 Olivério Teixeira Maria Roque 12 Set 1958 Maria Alice Fileno de Oliveira 23 Ago 1994 Ana Carolina Fileno de Oliveira Armas Barbosa José de Oliveira Maria Fileno Manuel Inácio da Silva Carolina Isabel Bettencourt Manuel Inácio Verrissimo Maria Cândida Vitorina Francisco Espinola da Veiga Maria Custódia de Soledade Francisca Cândida da Cunha Manuel Caetano Baptista Baptista Delfina Rosa Francisco de Sousa Paes Maria Joaquina Ana Narcisa António Felix Medina Joaquina Vitorina de Jesus Ursula Manuel Correia Picanço Maria Rosa Lourenço Correia Catarina de S. José Francisca de S. António Manuel Espinola de Veiga Antónia do Rosário Francisco Espinola de Veiga Ana Maria de Ataide Manuel Espinola da Veiga Maria de Melo Domingos Correia Josefa Maria da Ataide Agostinho José Sodré Francisca Rosa de Jesus Manuel Martins Catarina Pereira Bartolomeu Martins Maria da Costa Manuel Correia Isabel Pereira Francisco Luis Novais Maria de Ávila Manuel Pires Dama Isabel Pereira Manuel Correia de Melo Maria Rosa de Jesus Manuel Correia de Melo Catarina de Freitas António Correia de Melo Catarina João Manuel Gonçalves Cardoso Maria de Freitas André Correia Picanço Maria de Ávila Manuel Correia Picanço Maria Nunes Sodré Manuel Gonçalves da Viega Isabel Martins António Espinola da Veiga Catarina da Conceição Gaspar Correia Domingas da Melo Manuel Paes Maria Gonçalves Manuel Furtado de Mendonça Maria de Melo António Martins Inês de Ávila João de Ávila de Melo Maria de Ávila Filipe Correia Maria de Ávila António Martins Inês de Ávila João de Aviz Neto Maria de Ávila Pedro Veiga de Ataide Helena da Conceição Manuel da Cunha de Bettencourt Inês Pereira de Ataide Manuel Afonso da Miranda Maria de Ávila de Bettencourt Pedro Viegas de Ataide Liuza Pereira Sarmento Manuel Pais do Cozo Maria da Conceição Manuel Espinola Bettencourt de Ávila Bernarda Silva António de Ávila Bettencourt Francisca Rosa de Ataide Manuel de Ávila Bettencourt Domingas da Luz de Mendonça Manuel Espinola de Ataide Catarina Pereira Manuel da Cruz Espinola Luiza de S. António Manuel da Cruz de Melo Catarina de Jesus Manuel Espinola de Bettencourt Maria de S. António Francisco Fernandes Toste Catarina de Melo André Frenandes Isabel de Ávila Tomé Correia de Melo Maria da Covilhã Gaspar Furtado de Mendonça Catarina dos Reis Manuel Vaz Couceiro Maria Gomes João de Ávila de Mendonça Catarina de Novais Amaro Aviz de Mendonça Maria Gonçalves Manuel Ávila Sodré Domingas Espinola João de Ávila Maria Correia Manuel Espinola de Bettencourt Maria de Ávila Gaspar Dias de Eiró ~1620 Maria de Ávila de Bettencourt 396 396 André Furtado de Mendonça Catarina de Mendonça da Covilhã Manuel de Novais Maria Espinola António Dias de Novais Catarina Martins Manuel Pires Maria Espinola António da Rosa Maria da Costa de Melo ??? Manuel Apolónia da Rosa Sebastião da Costa Maria de Melo Manuel Espinola Maria Furtado de Mendonça Manuel Espinola de Bettencourt Águeda Espinola Francisco Espinola de Bettencourt ~1670 Leonor de Vasconcelos e Ataide 346 346 ~1620 António do Conde Sodré 396 396 ~1620 Vitória Espinola Bettencourt 396 396 ~1650 Francisco de Faria de Vasconcelos 366 366 ~1650 Maria de Sousa Neto 366 366 Sebastião da Costa de Melo Águeda de Bettencourt António Francisco de Melo Catarina João André Furtado de Mendonça Maria de Bettencourt Gonçalo de Vilalobos de Miranda ~1630 Pedro Espinola de Veigas 386 386 ~1630 Concórdia Pereira Sarmento 386 386 ~1600 Manuel da Veiga Espinola 416 416 ~1600 Apolónia Neto de Sousa 416 416 ~1600 Francisco Nunes Sarmento 416 416 ~1600 Águeda Paes 416 416 ~1580 Pedro Afonso Belchior 436 436 ~1580 Maria Nunes Sarmento 436 436 Gaspar Nunes Sarmento ~1590 António Francisco Cardoso 426 426 ~1590 Maria Espinola 426 426 Inês Pires da Covilhã ~1580 António Fernandes Borges 436 436 ~1610 Manuel Lobão de Carvalho 406 406 ~1610 Maria de Ávila Bettencourt 406 406 Guiomar de Freitas Diogo Martins Sodré Catarina Frenandes de Miranda Baltazar Martins Sodré Catarina Pires da Covilhã Brás Fernandes Lobão Botelho Apolória Gonçalves Sodré Mateus Correia de Melo Catarina Pires Domingos Correia de Ávila Maria Nunes Nuno Correia Inês Martins Manuel Vaz de Botelho Beatriz de Miranda Águeda Maceiro 1175 Teresa Peres de Bragança 841 841 Nuno Correia Inês Martins Francisco Viegas de Ataide Maria Neto Espinola Diogo Viegas de Ataide Maria de Sousa Braga Galaas Viega de Ataide Fidalgo da Casa Real, F.C.R. ~1532 Ana Espinola de Veiga 484 484 ~1580 Rafael Espinola de Veiga 436 436 Capitão de Ordenanças ~1580 Apolónia Neto 436 436 ~1550 Pedro Espinola de Veiga 466 466 Ouvidor Geral das Justiças Seculares
Capitão-mór de santa Cruz da Graciosa
~1550 Leonor Vaz Sodré de Mendonça 466 466 ~1530 Manuel Pires Figueiroa 486 486 Cavaleiro da Ordem de Santiago,
Ouvidor Geral das Justiças Seculares.
Capitão-Mór de Santa Cruz da Graciosa
~1536 Paula Espinola de Veiga 480 480 ~1530 Gaspar Furtado de Mendonça 486 486 Capitão de Ordenanças ~1530 Francisca da Costa Cardoso 486 486 André Freitas de Mendonça Fidalgo da Casa Real
Capitão de Ordenanças
1258 Martim Pires de Chacim 758 758 ~1480 Leonor Vaz Sodré 536 536 Segunda esposa do Capitão Gaspar Furtado de Mendonça. Ferraz Furtado de Mendonça Fidalgo da Casa Real Guiomar de Freitas ~1500 António Vaz Sodré 516 516 Capitão-mór da Praia, na Graciosa ~1500 Ana Nunes de Quadros 516 516 António Francisco Side Inês da Costa Cardoso Francisco Pires Inês Martins Cid Sebastião Cardoso Homem Joana Gonçalves de Antunes Bartolomeu Pires da Covilhã Maria Gaspar ~1570 Paula da Cunha Espinola 446 446 ~1550 Cristovão da Cunha e Ávila 466 466 Capitão de Ordenanças ~1550 Catarina de Veiga Espinola 466 466 ~1500 Melchior Gonçalves de Ávila 516 516 Guiomar da Cunha André Furtado de Mendonça Francisca Correia de Bettencourt 1600 Gaspar Velho de Azevedo 416 416 Capitão-Mór da Vila da Praia da Graciosa em 1623

Pois narra-se que por esta altura a ilha foi invadida por corsários Argelinos, tendo sido os habitantes comandados por este e pelo Capitão-Mór Manoel de Quadros Machado da Vila de Santa Cruz.

ILHA GRACIOSA (AÇÔRES) DESCRIÇÃO HISTÓRICA E TOPOGRAFICA
Angra do Heroísmo
IMPRENSSA DA JUNTA GERAL 1883 POR
António Borges do Canto Moniz Chefe de secção Da fiscalização Externa do corpo nº. 4

   A segunda invasão que a Graciosa sofreu, e que a tradição ainda hoje refere com algumas variantes, sucedeu em 1623 no lugar denominado a Vitoria. Desembarcando um dia naquela costa uma porção de mouros com o intento de roubar os habitantes do lugar, foram por estes derrotados e postos em fuga. Os graciosense opuseram-lhe grande resistência, desenvolvendo muito valor e energia, tendo à sua frente os patrióticos cidadãos Manuel de Quadros Machado e Gaspar Velho de Azevedo, capitães-mores da ilha, vultos respeitáveis que a historia recordará sempre com merecido louvor.

    Sendo o capitão maior desta vila de Santa Cruz, Manuel de Quadros Machado, e capitão maior da vila da Praia, Gaspar Velho d'Azevedo, em 19 de Maio de 1623, chegaram a esta ilha, oito fragatas de Argel, e ancoraram onde chamam Afonso do Porto, e está uma ermida de Nossa Senhora da Vitoria, donde cometendo duas vezes com barcos e um patacho para botarem gente em um cais feito pela natureza, os moradores da ilha com tanto valor lhe resistiram, que não puderam entrar, sem morrer pessoa alguma, nem ainda ficar ferida. Vinha nestes navios um capitão, natural desta mesma ilha, o qual sendo resgatado em Argel pela redenção geral, veio para Lisboa onde com as esmolas que tirou, mandou fazer uma imagem de Nossa Senhora da Vitoria, que hoje está na ermida que fez o povo; nela viveu ermitão, e morreu como ermitão. (Papeis do Dr. João Teixeira Soares, extracto da crónica Mont’Alverne, segundo parece. Arquivo dos Açores, vol. 20º)
Agueda de Bettencourt e Ávila Mateus Velho de Azevedo Catarina André Dória João Vaz de Ávila de Bettencourt Catarina Correia Picanço João de Ornelas de Mendonça Maria da Covilhã ~1600 Pedro do Conde Sodré 416 416 ~1600 Catarina Álvares 416 416 ~1580 António Vaz do Conde 436 436 ~1580 Maria Álvares 436 436 Garpar João Lobão Maria de Ávila de Bettencourt António Vaz Couceiro Maria de Santiago Espínola da Veiga João Vaz Couceiro Beatriz de Melo João Vaz Couceiro Catarina Álvares ~1520 Nuno Correia de Melo 496 496 Fidalgo da Casa Real Branca de Ávila Francisco Lobão Botelho O Velho. Maria Gonçalves Bráz Gomes Escudeiro Fidalgo Catarina Gonçalves Sodré Domingos Pires da Covilhã Mandou edificar a primeira Igreja de N. Sª. de ?? Isabel Antunes Pereira Mateus Vaz de Orta ~1550 Inês Gomes d' Ávila 466 466 António Vaz das Figueiras O Moço. Catarina Álvares António Vaz das Figueiras O Velho, Fidalgo da Casa Real, Ovidor Secular de Justiças. Maria Vaz Fernandes ~1500 Damião Dias Picanço 516 516 ~1501 Filipa Gonçalves d' Ávila 515 515 Bartolomeu Dias Picanço Fidalgo da Casa Real. Margarida Afonso de Lima ~1470 Melchior Gonzales d' Ávila 546 546 O Velho ~1500 Inês Gomes Freire de Andrade 516 516 Pedro Vaz Viegas de Ataide Fidalgo da Casa Real. Leonor Gil da Silveira Rui Viegas de Ataide Fidalgo da Casa Real. 1170 Rui Gonçalves Pereira 846 846 Gil Rodrigues da Silveira Desembargador do Paço, Fidalgo da Casa Real. ~1030 Moninho Hermigues 986 986 ~1510 Pedro Espinola Dória 506 506 ~1510 Catarina da Veiga 506 506 ~1490 António Espinola Dória 526 526 Fidalgo de benção. ~1490 Maria da Porta 526 526 ~1470 Leão Espinola Dória 546 546 Micer Leão ou Marcelão Espinola
Fidalgo.
Passou à ilha da Madeira na segunda metade do século XV, ramificando-se a sua descendência por várias ilhas do arquipélago dos Açores.
~1470 Madona Peretta 546 546 Diogo Martins Ferreira Fidalgo de benção. Inês Pires da Veiga ~1490 Antão Gonçalves d' Ávila 526 526 O Castelhano. ~1440 Inês Gonçalves de Antona 576 576 ~1400 João Sanches de Bettencourt 616 616 Senhores de San Bartolomé de Pinares ~1405 Maria Vaz de Padilha 611 611 ~1540 Francisca Gaspar Fagundes 476 476 Catarina Gonçalves Quadrado Gomes Lourenço Coelho O rico. Inês Vaz Freire de Andrade ~1470 Diogo Vaz Sodré 546 546 NFP chama Domingos Vaz Sodré
Capitão-mór de Santa Cruz
N. no decénio de 1470 e veio para os Açores com os pais.
Os desentendimentos entre seu pai e o capitão Pedro Correia, acima referidos, levaram a que este se tivesse oposto vivamente ao casamento de sua filha D. Briolanja com Diogo Vazo
Procurando nas entrelinhas das crónicas o que na verdade se teria passado, vamos dar novamente a palavra a Frutuoso (Gaspar Frutuoso, Livro Sexto das Saudades da Terra, p. 311 e 312), tentando uma reconstituição dos acontecimentos: «Dona Branca, ou como outros dizem, Dona Briolanja, filha do capitão Pero Correia, depois de estar em etrra por espaço de dois ou três anos, se casou a furto com Diogo Vaz Sodré, filho de Vasco Gil Sodré, sem o capitão ser sabedor deste casamento, determinando de a casar com um fidalgo de Portugal».
A primeira informação que o cronista nos dá é de que Diogo Vaz casou «a furto», isto é, clandestinamente. Mas pala análise posterior do texto, cremos ser mais correcto pensar-se que ambos se tinham apalavrado ou comprometido a celebrar casamento e o que nesta altura existia era um namoro contrariado pelo pai de D. Briolanja. É isto que faz sentido, pois ao determinar casar a filha com outro, diz-nos o cronista que «mandou Dona Branca aviso a Diogo Vaz, o qual se foi logo dentro a casa do capitão e, achando-o assentado pera jantar, lhe disse que era casado com ela e, como desejava que tudo se fizesse pacificamente, a não quisera mandar pedir por outrem e por isso ia em pessoa, que folgaria que sua mercê fosse disso contente, pois já estava feito».
Também aqui as coisas nos parecem fáceis de explicar. Diogo Vaz, em pessoa, informa Pedro Correia de que estava comprometido ou namorado com a filha e pede-lhe aprovação e consentimento, respondendo-lhe «o capitão que, se ele quisesse a sua negra Briolanja, de boa vontade lha daria, se ela o quisesse».
Esta resposta soberba exaltou os ânimos. Apesar de tudo, Diogo Vaz conseguiu conter-se e retorquiu «que tomava aquelas palavras dele como de pai, porque se isso não, logo ali acabaram a demanda». Pedro Correia não se demoveu e «passando outras palavras (leiam-se insultos) com que Diogo Vaz, cheio de cólera, queria arrancar da espada, olhou pera Dona Branca, que em um estrado estava assentada, e, vendo que as lágrimas lhe corriam pelo rosto abaixo, com a dor dela se deteve e se desceu pela escada pera fora».
Se, num mero, mas aceitável, exercício cronológico aceitarmos que no momento desta cena D. Briolanja contasse os seus 20 a 25 anos de idade, situaremos o seu nascimento (no Porto Santo?) por volta de 1475, talvez um pouco antes, ocasião em que a Pedro Correia, na sequência da nova política da Casa de Aveiro para o povoamento das ilhas e talvez em compensação da perda da capitania do Porto Santo (1473), foi atribuída a capitania da Graciosa.
O panorama era este e o tempo foi decorrendo até que Pedro Correia acabou por morrer em Lisboa em 1499. E, pelo que veremos adiante, não é crível que numa ilha tão pequena e tão pouco povoada, pudesse haver um casamento clandestino sem que fosse sabido.
Os ódios iam aumentando face ao porfiado namoro do Sodré com Briolanja Correia. De tal maneira que, «por se suspeitar que ele ia de noite e falava com ela, seu irmão Duarte Correia, com muitos homens da casa do capitão, o andavam espiando pera o matarem, o que sabendo Diogo Vaz, também andava acompanhado com seu irmão Fernão Vaz Sodré e alguns criados, até que se vieram a encontrar uns com outros e, tendo grande briga, em que se feriram muitos de parte a parte, foi de modo que houve muitas querelas; e tudo sobre dizer o capitão que Diogo Vaz não era tão fidalgo como ele».
Foi por esta razão que, feridos nos seus brios, «determinaram, então os dois irmãos Diogo Vaz e Fernão Vaz de irem buscar ao reino o brasão de seu pai». E como, por documentação fiável, sabemos que Diogo Vaz Sodré obteve despacho favorável das suas diligências, com a concessão de uma carta de brasão datada de 23.3.1503 (No finais do séc. XIX, um seu descendente, Manuel Veloso Armelim - vid. ARMELIM, § 1°, n° 7 -, apresentou um conjunto de documentos na Mordomia da Casa Real, entre os quais uma certidão tabeliónica desta carta, a qual, depois de encerrado o processo lhe foi devolvida a seu pedido, pelo que perdemos uma bela oportunidade de conhecer o seu conteúdo), teremos que situar o episódio acima descrito por Frutuoso como tendo acontecido em 1502 ou, o mais tardar, no início de 1503.
Infere-se da continuação destas peripécias que Fernão Vaz Sodré não chegou a ir ao Reino, mudando-se, como já se disse, para a ilha de S. Miguel. Assim como, foi também por esta altura que D. Briolanja «se sentiu pejada, (e) mandou dizer a seu marido (Entenda-se, comprometido, noivo, namorado ... Se assim não fosse, como entender que Frutuoso diga mais adiante que eles casaram, depois de ele chegar de Lisboa com a sua carta de armas?) que a tirasse uma noite de casa e a levasse consigo, ou a deixasse em alguma outra; e por que ela não fizesse algum desatino, lhe mandou dizer Diogo Vaz que ele não se queria ir, mas mandava seu irmão. Como teve tempo e o barco prestes para partir, a justiça se pôs, muito acompanhada de gente, no porto da Barra pera os prenderem, por causa das querelas que deles tinham dado. Diogo Vaz, como era muito valente homem, cavalgando em um cavalo, armado com uma lança nas mãos, se foi ao porto, onde pelejou esforçadamente com toda a justiça e mais contrários, e, recuando com o cavalo até chegar à borda do mar, com um negro que consigo levava, chegando ali, à barca" saltou de cima do cavalo nela e se foi pera a caravela, que andava à vela, esperando por ele (00') e tornando-se pera a ilha Graciosa com o brasão que apresentou, lhe perdoou o capitão, e casou com a dita dona Branca, ou Briolanja e, casados, viveram muitos anos e houveram muitos filhos, e deles procede grande geração de gente nobre».
~1480 Briolanje da Cunha 536 536 ~1450 Vaz Gil Sodré 566 566 1º capitão donatário da Graciosa
(Sobre esta família e sobre o povoamento da Graciosa é fundamental o estudo de Luis Conde Pimentel, Acerca do Povoa­mento da Graciosa, «Boletim do Museu Etnográfico da Ilha Graciosa, n° I, 1986, que se baseia em fontes inéditas, especialmente colhidas nos registos paroquiais, tabelionato e processos cíveis da comarca da Graciosa. Nem sempre estamos de acordo com algumas das conclusões do autor, o que em nada belisca a excelente qualidade da sua investigação absolutamente inovadora no que toca ao núcleo povoador daquela ilha. A Luís Conde Pimentel ficamos também devedores de muitas informações que sempre colocou ao nosso dispor ao longo dos últimos anos de saudável convívio genealógico, consubstanciado nos «Encontros de Genealogistas dos Açores», que, com tanto entusiasmo organizou de 2 em 2 anos na sua ilha Graciosa).
N. no Reino pelos meados do séc. XV e f. na Graciosa em data indeterminada.
Foi um dos primeiros povoadores da ilha Graciosa, para onde foi com parte da sua família em circunstâncias que não são muito fáceis de estabelecer, tais as contradições existentes entre as -diversas e lacónicas fontes que possuímos para o estudo desse período da história da Graciosa.
Segundo Luís Pimentel (Op. cil., p. 60 a 65), Vasco Gil Sodré ter-se-ia fixado na Graciosa por volta de 1465-1470, data que nos parece dever ser revista em consequência do texto de Gaspar Frutuoso que afirma claramente que ele foi para a Graciosa no tempo em que Portugal esteve envolvido em guerras com Castela e depois do desaparecimento de seu cunhado Duarte Barreto do Couto (Todas as fontes indicam Duarte Barreto como capitão da Graciosa, antes do aparecimento de Pedro Correia da Cunha. Francisco Ferreira Drummond (Apontamentos para a História dos Açores, p. 322, apoiando-se em Jules de Hesteyrie «Revista dos Dois Mundos», 1. I), põe em dúvida esta capitania, dizendo: «custa a crer que ele obtivesse carta de capitania, se é verdade, que, como diz, o autor citado havia em Portugal perpetrado o crime de homicídio pelo qual viera para a Graciosa, mas quantas vezes observamos nós que a virtude é festejada e o vicio é premiado?». Note-se, no entanto, que não há qualquer documento que acuse Duarte Barreto de crime de homicídio), capitão da ilha. Isto leva-nos a concluir que a passagem à ilha ocorreu entre 1475 e 1479/1480 (Gaspar Frutuoso, Livro Sexto das Saudades da Terra, Ponta Delgada, 1963, p. 308. Estas guerras referem-se às que opuse­ram o nosso D. Afonso V a Castela, quando pretendeu o trono daquele reino, propondo o casamento com a sua sobrinha D. Joana, a Beltraneja ou a Excelente Senhora, filha de Henrique II de Castela e de D. Joana (irmã de D. Afonso V). Ocorreram entre 1475 e 1479, ano em que se celebraram as pazes pelo Tratado das Alcaçarias, confirmado a 6.3.1480), pois foi neste período que Barreto foi aprisionado pelos castelhanos e dado como morto.
A par disto, sabemos que Bartolomeu Perestrelo obteve carta da capitania da ilha do Porto Santo a 15.3.1473 (Henrique Henriques de Noronha, Nobiliário da Ilha da Madeira, p. 450, onde se diz que Bartolomeu Perestrelo tirou «por demanda a Capitania d'o Porto Sancto a seu cunhado Pedro Corrêa, Capitão d'a Graciosa, que então a tinha por venda que d'ella lhe havia feito sua mãe Izabel Moniz n'a sua menoridade por preço de R.s 300$000, o qual conseguiu por sen­tença d'a Relação». No entanto, ao contrário do que afirma o genealogista madeirense, Pedro Correia não teve, em simultâneo, as capitanias do Porto Santo e da Graciosa. Esta só lhe foi concedida depois de ter perdido a primeira), desalojando o cunhado Pedro Correia da Cunha, pelo que a entrega a este último de toda a ilha Graciosa deve ter ocorrido ou no ano de 1474 (à semelhança e em moldes idênticos aos das capitanias criadas nesse ano na ilha Terceira), ou mais certamente em anos imediatamente posteriores. Recorda-se que 1474 foi um ano de viragem na intensificação do povoamento e administração das ilhas, numa nova política encetada pela Infanta D. Beatriz, mãe e, nesta ocasião, tutora, do donatário D. Diogo, 4° duque de Viseu e 3° duque de Beja Desconhecemos a existência do diploma de outorga da capitania da Graciosa a Pedro Correia da Cunha, mas é óbvio que foi depois de ter perdido a capitania do Porto Santo (1473) e depois ainda do desaparecimento de Duarte Barreto (entre 1475 e 1479/1480).
Assim sendo, Vasco Gil Sodré e Pedro Correia da Cunha teriam aportado à Graciosa sensivelmente pela mesma altura, embora as fontes assegurem que Vasco Gil chegou primeiro. Gaspar Frutuoso assevera que Pedro Correia «quando veio já Vasco Gil estava nela com sua irmã, a capitoa, mulher do Barreto, e viviam da banda da Praia, que depois foi vila, como é» (Frutuoso, op. cit., p. 312).
O texto de Frutuoso deixa entrever com alguma nitidez a existência de uma certa conflituosidade entre estes dois personagens, criada não tanto por diferenças de nível social, mas por questões de mando e de governança da terra. É que Pedro Correia chegou investido como capitão de toda a ilha, e Vasco Gil viera a chamamento de sua irmã Antónia Sodré, viúva de Duarte Barreto, o desaparecido capitão, a qual, do dizer de Frutuoso, «escreveu a Vasco Gil (...) que se viesse pera ela, pera a acompanhar, o que ele fez, e foi um dos primeiros que ali vieram» (Frutuoso, op. cit., p. 310), pelo que é de admitir que Vasco Gil talvez se tivesse sentido herdeiro dos poderes do cunhado, vivendo a fantasia de que podia mandar alguma coisa.
O cronista açoriano que mais largamente trata os primeiros tempos da Graciosa é o Dr. Gaspar Frutuoso que discorre com bastante pormenor sobre os Sodrés e os Correias. É verdade que o seu testemunho apresenta algumas contradições, chegando mesmo a ser confuso, mas apesar disso a sua narrativa dá-nos informações fundamentais, próprias de quem estava bem informado, e possibilitando assim, jogando com outros dados, estabelecer uma cronologia relativamente segura dos acontecimentos. Assim, associando as suas informações aos dados que os antigos genealogistas graciosenses nos fornecem (João Gonçalves Correia (vid. PICANÇO, § 1°, n° 5), seu filho António Correia da Fonseca e Ávila (vid. BETTEN­COURT, § 12°, n° 6), seu neto Frei Cristovão da Conceição (vid. BETTENCOURT, § 12°, n° 7), o cónego João Correia de Ávila (vid. BETTENCOURT, § 12°, n° 7), Francisco Homem Ribeiro (vid. BETTENCOURT, § 16°, n° la), o «Livro do Capitão» (hoje propriedade do genealogista graciosense Oriolando de Sousa e Silva), etc.) temos hoje a possibilidade de ver um pouco mais claro as circunstâncias que opuseram os Sodrés e os Correia nos finais do século XV e dealbar do século XVI.
Quanto a Vasco Gil Sodré, ficou estabelecido por Luís Pimentel que ele é natural de Montemor-o-Novo (Luís Pimentel, em op. cit., diz que um tal Antão Sodré, de Montemor-o-Novo, fez testamento em 1496 e foi pai de Inês Sodré, mulher de Gil Esteves de Resende. Tal data fá-lo contemporâneo de Vasco Gil Sodré, talvez seu irmão), e não em Montemor-o-Velho, como até agora se acreditou, aceitando sem crítica as informações de certos autores. E veja-se o depoimento prestado em 1569 pelo tabelião graciosense André Furtado de Mendonça, aliado pelo casamento aos Sodrés: «Digo eu que, servindo de tabelião na Vila de Santa Cruz desta Ilha Graciosa, vi um Brazão e o tive em meu poder, que tirou Diogo Vaz Sodré em 23.3.1503 em Portugal de sua Nobreza e dizia aos que aquela certidão virem que Diogo Vaz Sodré requeria que se lhe desse as Armas de seus avós que por direito lhe pertenciam, da casa dos Sodrés de Inglaterra, e primeiro que se satisfizesse a petição de Diogo Vaz Sodré se tirou uma inquirição por homens honrados, um instrumento público feito por mandado de João Dias, Cavaleiro Fidalgo, juiz ordinário na Vila de Montemor-o-Novo e João Lopes inquiridor, por mão de Fernão Vaz, tabelião publico e do judicial na dita Vila de Montemor e seu termo, e outro instrumento público foi feito em as Alcaçarias do Sul, por mandado de Vasco da Fonseca, juiz ordinário, e Fernão Vaz inquiridor e por mão de João Afonso, tabelião público na dita Vila de Alcaçaria» (Luís Pimentel, op. cit., p. 65).
O genealogista João Correia de Ávila, cónego da Sé de Angra, falecido em 1676 (Os seus trabalhos genealógicos foram trasladados por Francisco Homem Ribeiro, no séc. XIX, num manuscrito hoje na posse do autor (A.M.). Aparte que se refere aos Sodrés encontra-se a fis. 12 e seguintes), seguindo a tradição erra na naturalidade de Vasco Gil e afirma que «por certo homecidio veio de Lisboa com sua família para a Graciosa ao tempo em que tinha acontecido a desgraça do dito seu cunhado Duarte Barreto» Designa-o «pessoa nobilissima Cavaleiro do Habito de Christo» (outros indicam ser da de Santiago). Por seu turno, Gaspar Frutuoso informa que ele estivera em África - o que é muito possível, pois encontramos inúmeros «cavaleiros de África» no povoamento das ilhas -, e que levara para a Graciosa, além de «doze criados» (!! !), a mulher, dois filhos varões (Diogo e Fernão) e algumas filhas (Mécia, Leonor e Inês), «que todas foram casadas na terra com homens muito nobres e na ilha Graciosa viveram semrre apartadas em a vila da Praia, e deles descendeu tão grande geração, que de todos estes irmãos se povoou esta vila, que será agora de duzentos e cinquenta vizinhos, cinquenta dos quais somente serão de outra geração, pela qual rezão dizem que todos os da Graciosa são fidalgos» (Frutuoso, op. cito , p. 307 e 315).
Uma outra situação nebulosa diz respeito ao casamento ou casamentos de Vasco Gil Sodré. O bem informado genealogista Manso de Lima (B.N.L., Reservados, «Colecção Pombalina», Manso de Lima, Famílias de Portugal, tít. de Coutos, § 1°. Vid. ainda nosso tít. de COUTO, § 1°, Introdução, n° 5), ao tratar da família do capitão Duarte Barreto do Couto diz-nos que sua irmã Iria Vaz do Couto veio para a Graciosa com seu marido Vasco Gil Sodré. Ambos eram filhos de Vasco Anes do Couto que foi escrivão dos feitos e sisas de Montemor-o-Novo, por carta de 12.11.1433, confirmada por carta de 29.8.1439, e netos de João Anes do Couto, morador em Montemor, «criado» de D. João Afonso Teles (morto em Aljubarrota a: 14.8.1385), o qual João Anes, por ter seguido o partido de Castela, viu confiscados os seus bens, que foram entregues a Mem Rodrigues de Vasconcelos, por carta de 24.6.1384.
Manso de Lima não é o único na identificação desta Iria Vaz do Couto como mulher de Vasco Gil Sodré, pois o já citado cónego João Correia de Ávila (Manuscrito referido na nota 10), embora ignore o nome dela, afirma que Vasco Gil fora «cazado com a irmã de hu Barreto, e irmão de mulher do Capitam Donatário Duarte Barreto».
Daqui se conclui que existiram dois irmãos Sodré (Vasco e Antónia), casados com dois irmãos Barreto (Iria e Duarte), sendo pois duplamente cunhados. O que aconteceu a Iria Vaz do Couto, não nos foi possível averiguar.
Mas acontece que também se tem conhecimento de um casamento de Vasco Gil Sodré com Beatriz Gonçalves da Silva, da qual não pode haver a mais pequena dúvida, pois o tabelião André Furtado de Mendonça declara expressamente que ainda a conheceu «e se nomeava por mulher do dito Vasco Gil Sodré, e o dito Francisco Luís, pai dos suplicantes, se nomeava por neto dos dittos Vasco Gil e Beatriz Gonçalves» (Luís Pimentel, op. cit., p. 61 e 62. 16).
Resumindo, Vasco Gil foi casado duas vezes, a 1ª com Iria Vaz do Couto - vid. COUTO, § 1°, Introdução, nº 5 -, de cujo casamento ignoramos se teve algum filho; e a 2a com Beatriz Gonçalves da Silva que todas as genealogias dizem ter sido mãe de diversos filhos que adiante enunciaremos, Frutuoso chama-a «Beatriz Gonçalves de Bectaforte, natural do castelo de Bectaforte de Inglaterra», mas isto é uma clara confusão com uma suposta avoenga inglesa de Vasco Gil Sodré, designada por Brígida Sodré de Bectaforte, sobre cuja existência temos as maiores dúvidas.
Quanto à origem familiar de Vasco Gil Sodré, as versões também diferem e foram já enunciadas no estudo de Luís Pimentel (Luís Pimentel, op. cit., p. 64 e 65). Uns dão-no como filho de Gil Esteves e de Maria Lourenço (sendo esta filha de Lourenço Pires, escudeiro no tempo de D. Duarte, e da tal D. Brígida Sodré de Bectaforte, a tal vergôntea de uma casa condal inglesa que vinha para Portugal casar com um simples escudeiro). Outra versão (Segundo o genealogista jorgense Mateus Machado Fagundes. Este versão coincide com uma genealogia dos Sodrés existente na B.N.L. (Reservados, «Colecção Pombalina», cota 321), que remonta a origem desta família a um tal Harold, filho do conde de Hereford, contemporâneo de Henrique 11 (1133-1189), diz que era filho de Gil Sodré e neto de Mossem Fernão (ou Fradique) Sudley, que teria vindo para Portugal com o infante D. Pedro, duque de Coimbra, sendo a referida D. Brígida tia deste Fernão. Outra versão ainda (Segundo a «Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira», Sodré), diz que a família descende de um tal João Sodré que passou a Portugal na comitiva de D. Filipa de Lencastre (1387), que foi «acontiado» de D. João I, e que foi pai de um outro João Sodré e avô de um Diogo Sodré, «que teve quantia na casa do rei D. Afonso V, que deixou geração da qual provieram os deste apelido», mas não faz qualquer referência ao nosso Vasco Gil Sodré.
O genealogista brasileiro Francisco António Dória, professor de Matemática na Faculdade de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, publicou recentemente uma interessante investigação sobre os Sodré idos de Portugal e dos Açores para o Brasil, e assevera que Vasco Gil Sodré e seu irmão Diogo Sodré (este, tronco dos Sodré Pereira de Portugal e Brasil) eram filhos de João Sodré, netos de outro João Sodré (John de Sudeley) e 2° netos paternos de William Le Boteler (n. em 1330) e de Joan de Sudeley, sendo esta 7a neta em varonia de Ralph, conde de Hereford, no tempo de Eduardo, o Confessor, e tronco dos Sudeley ou Sudley (Consultado o The Complete Peerage of England, Scotland, Ireland, Great-Britain and the United Kingdom, 1982,6 vols., entradas «BoteIem e «Sudeley», verificamos que Dória segue a par e passo o que de mais consistente se pode colher naquela obra, ou seja: Ralph de Sudeley, que alguns dizem ter sido conde de Hereford, que faleceu a 2.12.1057, e era filho de Dreux ou Drogo, normando (este, filho de Walter lI, conde de Amiens" e neto de Walter I, conde de Amiens), e de Godgifu, filha de Etelredo, rei da Inglaterra. Foi casado com Getha ou Gythia. Deles nasceu Harold de Sudeley, senhor de Sudeley, Ewyas e Toddington (que alguns autores pretendem ser filho do rei Harold), e que terá casado com Maud, de quem nasceu John de Sudeley, c.c. Grace de Tracy, pais de Ralph de Sudeley, f. antes de 25.12.1192, e c.c. Emma. Foram pais de outro Ralph de Sudeley, f. em 1221 ou 1222, c.c. Isabel, de quem nasceu Ralph de Sudeley, senhor de Sudeley, f. em 1241, c.c. Imenia (ou Isabel) Corbet, pais de Bartholomew de Sudeley, senhor de Sudeley, sheriff de Herefordshire, f. em 1274 ou 1280, que c.c. S.p. Joan de Beauchamp (1249-1280). Deste casal nasceu Lord John de Sudeley, f. em 1336, que esteve ao lado de Eduardo I nas guerras contra os escoceses, que casou com Saye (?), e teve Bartholomew de Sudeley, que c.c. Maud de Montfort, e foram pais de John de Sudeley, c.c. Eleanor Scales.
Deste último casal nasceu uma filha Joan de Sudeley, c.c. William Le Botiler (conforme já apontámos no texto biográfico de Vasco Gil Sodré), e tiveram vários filhos, entre os quais John Le Botiler, Lord Sudeley, f. solteiro antes de 1410, conforme expressamente anota o The Complete Peerage. Mas é com este John Le Botiler que as nossas genealogias antigas e modernas, errando ou acertando nas genealogias acima desdobradas, identificam o «português» João Sodré (John Sudley ou Sudeley), acontiado por D. João I e que teria vindo para o nosso país quando o rei português casou com D. Filipa de Lencastre. Nenhuma dessas genealogias diz com quem ele teria casado, mas dão-no como pai de um Diogo Sodré, e de Vasco Gil Sodré, o povoador da Graciosa.
Recorde-se que de Diogo Sodré nasceu Fradique Sodré, e deste, Duarte Sodré, vedor da Fazenda Real e alcaide-mor de Tomar, C.c. Catarina Nunes. Foram pais de Francisco Sodré. 1° senhor de Águas Belasjure uxore, c.c. D. Violante Pereira, filha de João Pereira e n.p. de Galiote Pereira, personagens bem conhecidas das genealogias portuguesas. É deste casal que descendem os Sodré Pereira, de Portugal e do Brasil, e por aqui também se pode perceber que as versões recolhidas por Luis Pimentel não são inteiramente coincidentes com a nossa investigação, que, apesar das incertezas do tema, preferimos a qualquer outra).
E o que seria o famoso castelo de Bectaforte? Será corruptela de Hereford? Ninguém o sabe, mas é possível. As armas dos Sodrés portugueses, nem de perto nem de longe se assemelham às dos Sudley (ou Sudeley) ingleses, família que, de resto, na varonia, é considerada extinta desde 1473. O que não deixa de ser interessante considerar no estudo do prof. Dória, é ter despertado a nossa atenção para o facto de as armas dos Sodré portugueses conterem elementos heráldicos iguais aos da família inglesa (decerto de origem normanda) Boteler (ou Botiler, Butiller, ou finalmente, Butler). A etimologia deste apelido é, obviamente, «bouteille» (garrafa, jarro), que em inglês deu «bottle», e que constituem peças móveis das armas dos Sodrés (Se aceitarmos que João Sodré é neto de William Le Boteler, e uma vez que já vimos que as armas dos Sudeley (ou Sudley) nada tem de comum com as armas dos portugueses Sodré, então é de averiguar se há alguma coincidência entre estas armas e as do suposto avô. E o interessante é que há uma extraordinária semelhança. Assim, as armas dos Boteler, com alguma variantes no número das peças e nos esmaltes, são de guIes three covered cups or, ou, noutra versão, azure, three covered cups oro Ou seja, as armas que os heraldistas atribuem aos Sodrés de Portugal são, na essência, iguais às dos Boteler, com pequenas variantes; sendo que os Sodrés tem uma asna de ouro com três estrelas vermelhas de 6 raios. A variante do metal das jarras ou taças (em Inglaterra, de ouro, em Portugal, de prata), e o acrescento da asna, poderá significar que os Sodrés receberam armas de mercê nova em Por­tugal, baseadas na provança que terão apresentada da sua ligação com os Boteler ingleses.
O assunto fica aguardando melhor esclarecimento dos especialistas heráldicos, na certeza, porém, de que as armas dós Sodrés nada tem a ver com as dos Sudeley, mas sim com as dos Boteler (ou Butler). Quanto ao verdadeiro entronque do 1º Sodré português, só a carta de armas concedida a 23.3.1503 a Diogo Vaz Sodré nos poderia, eventualmente, fornecer dados mais concretos. Por agora, limitamo-nos a colocar estas hipóteses, sabendo bem que são autorizadas pela cronologia e pela vinda de nobres ingleses no séquito de D. Filipa de Lencastre. Nos finais do séc. XIX ainda se conhecia o texto integral da carta de brasão de armas de Diogo Vaz Sodré, quando Manuel Veloso de Armelim - vid. ARMELlM, § 1°, n° 7 -, requereu o foro da Casa Real. O paradeiro desse texto (apresentado em treslado) é hoje desconhecido, mas ainda deve ter chegado às mãos do Dr. Manuel Armelim, filho do requerente, e que faleceu em 1935).
O certo é que Vasco Gil faleceu na Graciosa, nos finais do século XV ou no dealbar do século XVI. Todos os filhos que aqui elencamos temo-los como havidos do seu 2° casamento com Beatriz Gonçalves da Silva. Frutuoso só nos fala dos 5 primeiros filhos - os outros, colhemo-los noutros genealogistas açorianos, nomeadamente na obra inédita do cónego Correia de Ávila.

Filhos:
    2     Diogo Vaz Sodré, que segue.
    2     Fernão Vaz Sodré, que nasceu entre 1478 e 1483.

A ligação ou aventura amorosa de contornos mal definidos do 2° capitão de toda a Graciosa, Duarte Correia, com Mécia Vaz Sodré, irmã de Fernão Vaz, e a contrariadíssima pretensão do casamento do irmão Diogo Vaz Sodré com uma irmã do mesmo Duarte Correia, mostra-nos que o ambiente gerado acentuou as velhas querelas entre as duas famílias, provocando novo conflito entre os Correias, orgulhos da sua estirpe familiar, e os Sodrés, filhos do alentejano e homiziado Vasco Gil Sodré.
Como já notámos, os desentendimentos e malquerenças entre as duas famílias, iniciam-se quando Pedro Correia da Cunha aparece investido como capitão de toda a ilha, detendo os poderes que competiam aos delegados do Donatário, e reprimindo as possíveis ambições que Vasco Gil alimentaria, sentindo-se herdeiro do cunhado Duarte Barreto.
Para melhor se ajuizar da personalidade de Fernão Vaz Sodré, e da maneira como se apresentava em defesa da honra dos seus, socorramo-nos novamente de Gaspar Frutuoso: «(...) estando uma noite Duarte Correia ceando, entrou Fernão Vaz Sodré pela porta e com uma espada lhe jogou um golpe pera ali o matar, e a mãe de Duarte Correia, que tinha defronte de si a candeia acesa, que o cegava, com o que não via, vendo-o disfarçado, sem o conhecer, cuidando que trazia algum recado, não dizia nada ao filho, mas como não o viu mais arrancar, gritando, lhe disse: «Filho, guarda-te». Ele não viu mais que a sombra sobre si e fugiu com o corpo pera uma parte, e quando se arredou, tanto errou o golpe e deu na cadeira, que fendeu até abaixo, e em dando, assoprou a candeia e foi-se cuidando que lhe dera» ( Frutuoso, op. cit., p. 313).
A descrição de Frutuoso é eloquente quanto ao pundonor do nosso Fernão Vaz, mas erra, quando, em continuação deste episódio, acrescenta: «o capitão velho, Pêro Correia, que estava em cama muito enfermo, logo pôs por obra pera o prenderem, porque algumas vezes lhe fazia Fernão Vaz muitas daquelas afrontas e ali tornou a querelar dele como entrara em sua casa pera lhe matar o seu filho» (Frutuoso, op. cit., p. 313). O lapso consiste no facto de que nunca poderia ter sido o «capitão velho» a ordenar a prisão de Fernão Vaz, pela simples razão de que, dando-se este episódio em 1502 ou 1503, já Pedro Correia tinha morrido em Lisboa em 1499. Se houve ordem de prisão, ela só poderá ter sido dada pelo próprio Duarte Correia, já então desempenhando as funções de capitão, uma vez que seu irmão mais velho Jorge Correia da Cunha, natural herdeiro da capitania, falecera ainda antes do pai, em 1495. E foi por tudo isto que, prudentemente, «Fernão Vaz se desnaturou da terra, vindo-se pera esta ilha de São Miguel, onde foi escrivão da Câmara na vila da Ribeira Grande» (Frutuoso, op. cit., p. 313) (Teria tido este cargo antes ou depois do exercício de seu cunhado Roque Rodrigues, que nele foi investido por carta régia de 13.8.1539, por renúncia e venda que dele lhe fez Gonçalo Gomes, por um instrumento público lavrado pelo tabelião Gonçalo Anes a 3 de Janeiro desse ano (Archivo dos Açores, vol. 8, p. 413). A 12.5.1555 (Archivo dos Açores, vol. I, p. 390), o mesmo Roque Rodrigues assinou o termo de uma vereação na qualidade de «escrivão», o que leva a concluir-se que Fernão Vaz só passou a desempenhar essa tarefa depois desse ano. Pesquisadas as chancelarias régias desse período, não encontrámos, porém, a sua nomeação para este oficio. Tê-lo-ia exercido apenas interinamente, em vida do cunhado? Ou trata-se de uma errada informação de Frutuoso?).
Estabelecido na Ribeira Grande, onde Gaspar Frutuoso viveu e paroquiou, assim se justifica o pormenor e o desenvolvimento que o cronista dá à saga dos Sodrés, aceitando a versão dos acontecimentos que os descendentes de Fernão Vaz Sodré lhe quiseram contar.

    Casa na Ribeira Grande com F.     , falece antes de 1535, filha de Rui Garcia, «homem honrado e rico, que veio do Landroal, junto de Vila Viçosa. Foi à África e lá se fez cavaleiro, quando foram os Tavares» (Frutuoso, Livro Quarto das Saudades da Terra, vaI. 1, p. 365. Quando morreu, Rui Garcia deixou aos hospital da Ribeira Grande cerca de 1 moia de terra, no que foi seguido também por sua mulher que deixou ao mesmo Hospital igual porção de ter­reno. Foi um dos que esteve presente a 4.6.1507 no contrato celebrado com João de La Pena, mestre de obras biscainho, para a construção da igreja Matriz daquele povoado, em vésperas de se tomar vila (Frutuoso, Livro Quarto das Saudades da Terra, vaI. 2, p. 105). Os irmãos Tavares, a que se refere o cronista, Rui, Henrique e Gonçalo, serviram em Arzila e Tânger, de 1508 a 1511, na expedição comandada por Rui Gonçalves da Câmara. Todos foram, ali armados cavaleiros e, mais tarde, em 1534, foram feitos fidalgos de cota de armas, por cartas de 2, 3 e 5 de Dezembro), e de Catarina Dias, nascida em Portugal e falecida na Ribeira Grande a 7.1.1535, com testamento lavrado a 8.11.1507.

Filho (a?) (Admitimos que o filho seja o próprio Gaspar Rodrigues, que aqui damos como seu genro).

    3     F.     , c.c. Gaspar Rodrigues, o Velho, falecido na Ribeira Grande a 22.8.1581, com testamento lavrado a 6.7.1575, posteriormente acrescentado de um codicilho datado de 31.12.1580, mercador.

Filho:

    4     Francisco Sodré, n. cerca de 1560.
Homem da «governança da Ribeira Grande» (Gaspar Frutuoso, Livro Quarto das Saudades da Terra, vaI. 1, p. 224).

C. 1 a vez com Maria de Gouveia.

C. 2ª vez na Ribeira Grande com Mécia de Paiva, filha de Vasco Afonso e de Margarida Fernandes (Gaspar Frutuoso, Livro Quarto das Saudades da Terra, vol. 1, p. 284).

Filhas do 1º ou 2º casamento:

    5     Maria Sodré, s.g.
    5     Ana Sodré, s.g.

Filha do 2º casamento:

    5     Beatriz do Canto (Fica por explicar como é que usou o apelido Canto).

C. na Ribeira Grande com António Furtado - vid. FURTADO DE MENDONÇA, §.6°, n° 4 -. C.g. extinta.

2    Mécia Vaz Sodré, que diz-se ter casado com Duarte Correia da Cunha - vid. CORREIA, § 2°, nº 2-.

No entanto, pensamos que este casamento nunca se chegou a realizar. Se não, atente-se no que diz Frutuoso: «Dali a pouco tempo faleceu o capitão Pedro Correia, e, depois, tratou Diogo Vaz demanda com Duarte Correia, seu filho, que lhe sucedeu na capitania, o qual, como se viu capitão, não queria casar com Mécia Vaz, que dantes tinha recebida («Recebida», entenda-se como casamento ajustado, prometida, esposa, noiva, e não «casada», como hoje se interpretaria, Por isso, diz o cronista que ele não quis casar com ela, «que dantes tinha recebida»), e, litigando, por ela seu irmão Diogo Vaz, correndo a demanda e indo ao reino, houve o capitão sentença por si contra a Mécia Vaz, por ter casado em Portugal a Dona Filipa, sua irmã, com o irmão de João Roiz de Sá, que dizem nisto o favoreceu. Tambem dizem alguns que, falecendo (em 1507) este segundo capitão, Duarte Correia deixou e declarou em seu testamento a dita Mecia Vaz por sua mulher, e, como Dona Filipa soube que o irmão era morto, houve os papeis à mão e nunca os quis dar, por entender ser a capitania de Mécia Vaz, pois não havia filho algum de Duarte Correia que a herdasse e ele a deixava por sua mulher. Concertou-se, então, com Diogo Vaz seu cunhado, dizendo-lhe como o tinha os papéis na mão e a capitania era de sua irmã, Mécia Vaz, que não lhe havia de fazer bem algum, pelo que fizesse ele com ela aceitasse vinte moios de terra por concerto e deixasse a capitania a ela, Dona Filipa, porque, se lhe ficasse (pois não tinha filho nenhum e era mais velha que sua irmã mulher do dito Diogo Vaz), por sua morte lhe deixaria e em sua vida lhe faria sempre muito bem. Contentando isto a Diogo Vaz, fez, com a irmã Mécia Vaz que tomasse os vinte moios de terra, que ela aceitou, por ser mulher que queria casar, pera seu casamento, e, Dona Filipa, como teve o concerto feito, vendeu a capitania ao marichal Dom Fernando Coutinho». (A quem foi passada carta da capitania a 28.9.1507).
Uma leitura atenta desta narrativa revela confusões e incongruências, mas, no essencial, nela está a verdade do que se passou, se expurgarmos as contradições do cronista.
Assim, começamos por anotar que Duarte Correia «não queria casar com Mécia Vaz», pelo que os irmãos Sodré «vendo isto (n.) determinaram tomá-lo com ela e fazê-lo casar» (Gaspar Frutuoso, Livro Sexto das Saudades da Terra, p. 313). Este facto conduz a uma «demanda com Duarte Correia (n.) e litigando por ela e indo ao Reino, houve o capitão sentença por si contra Mécia Vaz».
Podem colocar-se várias questões. Porquê uma demanda entre Duarte Correia e Mécia Vaz, interpondo-se Diogo Vaz, se fossem efectivamente casados? Demandavam o quê? Não parece evidente que a sentença dada, favorável ao Correia, foi a de não ser obrigado a casar? E se as relações entre as duas famílias não estivessem tão exacerbadas, porquê a tentativa frustrada de Fernão Vaz Sodré matar Duarte Correia?
Havendo falecido o Correia em 1507, porque razão ter sido sua irmã D. Filipa da Cunha a deter «os papeis à mão» e não a própria Mécia Vaz se, efectivamente, fosse a viúva e a herdeira indiscutível de seu marido?
Com que fundamentos haveria D. Filipa de procurar uma «concertação» com Diogo Vaz, prometendo-lhe mundos e fundos? Com base em direitos que ela não possuía? A menos que fosse ela a herdeira dos direitos de capitania, coisa duvidosa, pois Duarte Correia tinha sobrinhos, filhos de seu irmão mais velho Jorge Correia.
Mas admitindo este absurdo, porque razão não procurou D. Filipa um entendimento directo com a própria Mécia Vaz? Não faz qualquer sentido que as partes litigantes tenham chegado a um acordo para depois ser D. Filipa a vender a capitania em 1507 a D. Fernando Coutinho e não a pretensa detentora da capitania, Mécia Vaz.
Frutuoso afirma que tal concertação acabara por realizar-se e que Mécia Vaz «por ser mulher que queria casar, pera seu casamento» aceitara os 20 moios de terra como contrapartida para abrir mão da capitania. Mas abrir mão de uma capitania por 20 moios de terra, alguém que a si própria e aos seus poderia atribuir-se muitos mais 20 moios?!
E se tudo se tivesse passado assim, porque motivo Frutuoso, mais adiante (Gaspar Frutuoso, Livro Sexto das Saudades da Terra, p. 318), após a ida para o Alentejo de Tristão da Cunha (sobrinho mais velho de Duarte Correia), herdeiro natural de seu avô, pai e tio, escreveu que «sabendo isto (ou seja, da ida de Tristão da Cunha para o Alentejo), o marichal se foi a el-rei e lhe pediu que, pois aquela capitania fora de um seu parente que lhe falecera em casa, lhe fizesse mercê dela como lha fez».
Esta informação de Frutuoso entra em contradição com o relato de que fora a D. Filipa que vendera a capitania a D. Fernando Coutinho. O acto era impossível porque D. Filipa nunca poderia vender o que não possuía. O próprio Frutuoso duvida de todas estas peripécias escrevendo: «E por esta causa de Dona Filipa dizem que perdeu Mécia Vaz a capitania e seus herdeiros, mas não sei com quanta verdade se diz isto». Mais à frente o cronista adianta que «passado o tempo de um ano e dia que as leis do reino dão pera se poderem opor os que pretendem ter direito nas tais coisas e, se não, que fiquem à coroa, não vindo no dito tempo, ficou a dita capitania deserta pera el-rei».
Todas estas dúvidas que aqui se levantam não são inéditas, pois já nos meados do séc. XVII, Frei Diogo das Chagas (Espelho Cristalino, p. 462) escrevia com alguma perplexidade: «Desgraça foi grande certo dos descendentes deste nobre fidalgo Jorge Corrêa da Cunha ficar elle sem a Capitania, morrendo seu irmão sem filhos o que podemos atribuir a Juizos de Deus, que dá as couzas, quando, e como quer, e tira as quando lhe pareçe, como neste, e em outros semelhantes, e ainda maiores casos o tempo nos tem mostrado». A perplexidade de Chagas não deixava de ter razão de existir, porquanto Duarte Correia tinha, de seu irmão mais velho Jorge Correia, uma porção de sobrinhos e sobrinhos-netos, que muito bem poderiam ter dado continuidade à capitania, tal como aconteceu noutras ilhas (Soares de Sousa, Câmaras, Côrte-Reais, Utras ... ).
A conclusão que tiramos é a de que nunca existiu qualquer concertação entre D. Filipa da Cunha e Diogo Vaz Sodré. Por outro lado, Duarte Correia nunca casou 2ª vez com Mécia Vaz (a 1ª e única vez que casou foi com D. Catarina de Ornelas) e limitou-se a cortejá-la: «Nestas idas se veio a namorar Duarte Correia, mancebo, de uma sua filha, chamada Mécia Vaz Sodré; e depois de a haver, se afastava de sua casa». Até onde possam ter ido essas relações ignora-se. Quando muito, admitamos que lhe tivesse prometido casamento, o que se reduz, na expressão frutuosiana, a um breve «que dantes tinha recebida».
A querela entre as duas famílias parece ter sido um facto, pela razão que apresentámos quando escrevemos sobre o povoador Vasco Gil Sodré. O casamento contrariado e a furto de Diogo Vaz Sodré com D. Briolanja da Cunha e a pretensa e indesejada união entre Duarte Correia e Mécia Vaz, foram as consequências naturais dessa malquerença que originou os actos descritos.
~1450 Beatriz Gonçalves da Silva 566 566 1440 - 1497 Pedro Correia da Cunha 57 57 1º. Capitão donatário da Ilha Graciosa
ILHA GRACIOSA (AÇÔRES)
DESCRIÇÃO HISTÓRICA E TOPOGRAFICA
Angra do Heroísmo
IMPRENSSA DA JUNTA GERAL
1883
POR
António Borges do Canto Moniz
Chefe de secção da fiscalização externa do corpo nº. 4
Era de suma importância o cargo de capitão donatário e alcaide-mor; vastíssimos poderes lhe conferiam os monarcas, como se vê da antiga carta de doação passada a D. Álvaro Coutinho, capitão donatário desta ilha, que adiante apresentamos ao leitor sob a letra A. Era nada menos que um vice-rei, se atendermos aos grandes interesses, privilégios e regalias que os monarcas geralmente lhes concediam. Pertenciam ao capitão donatária os direitos da redizima de todos os tributos cobrados dos na sua ilha; tinha a autoridade militar; possuía moinhos e fornos de pão e tinha também o privilégio de vender sal; conhecia das apelações e agravos até à alçada de vinte mil réis nos feitos civis e de quinze nos crimes, quantias naquela época bastante avultadas; concorria ás eleições de juízes ordinários e câmaras; em uma palavra, tinha quase toda a gerência pública, que só acabou aqui definitivamente com a criação dos juízes de fora.
       O monarca reservava para si o direito de morte e tolhimento de membros, e antes desta restrição, o donatário segundo consta, no crime condenava a degredo, mandava decepar membros e tocar ferros quentes, asseverando o Dr. Frutuoso que eram todos fidalgos da casa real e dos mais beneméritos portugueses do seu tempo! Enfim o donatário era perfeitamente um vice-rei governando a ilha politica, militar e judicialmente. Com respeito à importância do cargo de alcaide-mor, esclarece-nos sobejamente A. Herculano nestas palavras: este cargo militar, que hoje é um título simplesmente honorifico, conservado como uma recordação entre as nobres famílias cujos ascendentes o exercitaram, foi na sua origem dos mais importantes do Estado. Houve tempos em que os alcaides-mores, eram os homens de quem dependia quase exclusivamente a existência politica e independência das diversas monarquias, que a extinção do reino visigótico pelas armas dos sarracenos, e a reacção do cristianismo contra estes fizeram nascer e constituir-se em Península.
Por tudo isto se evidência bem a grande importância do cargo de capitão donatário e alcaide-mor, que era sempre dado a homens distintos pelos seus bons serviços e qualidades.
    O primeiro capitão donatário da Graciosa foi, e Duarte Barreto, ilustre cidadão do Algarve, casado com uma irmã de Vasco Gil Sodré, cujo nome até hoje não pudemos descobrir, limitando-se a sua capitania somente à metade da ilha, que compreendia a parte da Praia, onde o mesmo capitão se achava estabelecido com sua família e colonos.
Tendo sido preso pelos piratas espanhóis depois daquele memorável tiroteio no recanto da Caldeira, levaram-no para bordo do navio onde segundo consta o assassinaram, juntamente com alguns criados seus. Ficou na ilha a viúva do capitão Barreto, e passando a viver em companhia de seu irmão Vasco Gil Sodré, não contraiu segundas nupciais; nem deixou descendência. Vaga a capitania, Pedro Corrêa da Cunha, como se disse, apresentou-se a requere-la e obteve a donatária de toda a Graciosa, possuindo já nesse tempo a de Porto Santo, alegando na sua pretensão que a ilha era pequena para duas capitanias. É certo que Pedro Corrêa, antes de passar a esta terra já tinha conseguido a donatária de metade dela por mercê do infante D. Henrique, obtendo depois da morte do capitão Barreto a outra metade para o lado norte. Veio portanto estabelecer-se na Graciosa no ano de 1485, e aqui viveu alguns anos no lugar do Castelo, como em outra parte se disse. Era casado com D. Izeu Perestrello de Mendonça, filha do primeiro donatário da ilha do Porto Santo, Bartholomeu Perestrello e de sua mulher D. Beatriz Furtado de Mendonça. Foi Pedro Corrêa da Cunha capitão donatário de toda esta ilha e o edificador da Vila de Santa Cruz.
Passado tempo, talvez aborrecido da residência na ilha, ou por outros motivos que ignoramos, embarcou para Lisboa, falecendo ali no ano de 1497, e foi sepultado na capela de S. João da igreja do Carmo, de que era padroeiro. Seu filho primogénito, Jorge Corrêa da Cunha, ficou governando interinamente a ilha Graciosa, na sua ausência, até ao ano de 1495 em que faleceu, vivendo ainda Jorge Corrêa casou com D. Leonor de Mello ficando deste matrimónio muita descendência, não só nesta ilha, como na Terceira, com tudo os filhos não sucederam no governo da capitania, mas seu irmão Duarte Corrêa da Cunha; e como este não tivesse descendência dos dois matrimónios que contraiu, nem também os filhos de Jorge Corrêa da Cunha se habilitassem, vagou a capitania nesta família (Manuscrito antigo, em poder de António Gil), passando depois a diferentes, conforme se verá do quadro que abaixo apresentamos ao leitor, baseado nos livros de registro da câmara de Santa Cruz. A sucessão caducou na família Coutinho, em cujo poder esteve largos anos a capitania da ilha Graciosa, e no ano de 1666, achando-se vaga, D. Afonso fez mercê dela Luiz Mendes d'Elvas, e por morte deste, fez D. Pedro mercê da capitania ao alcaidaría-mor vaga a Pedro Sanchez Farinha. No ano de 1703 vagou para a coroa; porém em 1708 D. João fez nova mercê a Rodrigo Baena Farinha, filho daquele Pedro Sanchez Farinha. No ano de 11734 foi provido na capitania outro Pedro Sanches Farinha pelo falecimento de seu pai, ocorrido em 1730. Aqui acabaram os donatários da ilha Graciosa, sendo a capitania incorporada na coroa por falta de sucessão do último donatário.
    Concluindo, vê-se portanto que a ilha Graciosa, logo depois do seu descobrimento em 1450 até 1734, foi governada por catorze donatários pela ordem seguinte:
Duarte Barreto (metade da ilha)                     1465
Pedro Corrêa da Cunha (toda a ilha)     1485
Duarte Corrêa                                                     1499
D. Fernando Coutinho                                     1507
D: Álvaro Coutinho                                     1510
D. Álvaro Coutinho                                     1524
D. Fernando Coutinho                                     1552
D. Fernando Coutinho                                     1573
D. Fernando Coutinho                                     1593
D. Fernando Coutinho                                     1626
Luiz Mendes d'Elvas